Obama: “Ambiente é um imperativo económico e de segurança”

O presidente norte-americano realçou hoje, em Paris, a importância de um enquadramento duradouro para combater as alterações climáticas.

Barack Obama defendeu hoje em Paris, França, onde se encontra no âmbito da Cimeira do Clima, que o mundo precisa de um enquadramento duradouro para combater as alterações climáticas e que ele iria tentar um acordo para impulsionar a economia e, ao mesmo tempo, ajudar o ambiente do planeta.

“É um imperativo económico e de segurança que temos de enfrentar agora”, disse o presidente norte-americano em conferência de imprensa, considerando que um pacto climático forte seria um sinal para investigadores e investidores de que a mudança é necessária, estimulando, assim, a inovação energética. “Precisamos de um acordo e o meu enfoque está em que os EUA sejam um líder em conseguir trazer um acordo de sucesso para casa”.

Barack Obama admitiu que o acordo será difícil, uma vez que envolve quase 200 países, mas está convencido de que se conseguirá alcançar.

in Diário de Notícias

Portuguesa Suma ganha contrato de €68 milhões para desenvolver serviços ambientais em Omã

A empresa portuguesa de serviços ambientais Suma, que pertence ao grupo Mota-Engil, acabou de ganhar um contrato de €68 milhões para desenvolver actividades de recolha e transporte de resíduos urbanos, entre outros, no sultanato de Omã.

O contrato, que tem duração de sete anos e a possibilidade de extensão por mais dois, contempla ainda recolha e transporte de monos e monstros, resíduos de construção e demolição, pneus usados, e resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos; gestão de equipamentos de contentorização; gestão e operação de seis estações de transferência e de um aterro sanitário.

Os trabalhos tiveram início a 30 de Dezembro e vão servir a província de Al Sharqiyah Sul (incluindo a ilha de Masirah), bem como o município de Mahawt (que pertence à região de Al Wusta), cobrindo uma área de cerca de 23 mil km2 e abrangendo uma população de mais de 230.000 habitantes.

De acordo com a Suma, o contrato integra ainda serviços de sensibilização ambiental, cujo lançamento coincidiu com a restante operação. “A área de intervenção, muito extensa e diversificada, contempla montanhas de difícil acesso, zonas de deserto e o transporte de resíduos através de barco – desde a ilha de Masirah -, representando um desafio acrescido, em termos de adaptação à realidade local”, continuou a empresa.

No final de 2014, a Suma já tinha ganho o concurso para o encerramento de seis lixeiras no norte de Omã.

In Sapo

África tem potencial para alimentar o mundo inteiro

“África utiliza apenas 20% da sua terra arável, portanto, há 80% de terra arável por utilizar.”

O continente africano tem potencial para alimentar todo o mundo, defenderam hoje na 4.ª edição da conferência Diálogos Atlânticos, em Marraquexe, quatro analistas internacionais, num debate subordinado ao tema “Realizar uma revolução verde em África”.

Compunham o painel deste encontro anual promovido pelo German Marshall Fund, dos Estados Unidos, e pela fundação sem fins lucrativos do grupo mineiro marroquino OCP, que decorre na cidade marroquina até domingo, o ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo, o ministro das Finanças do Brasil, Joaquim Levy, o senegalês Cheikh Tidiane Gadio, fundador e presidente do Instituto de Estratégias Pan-Africanas, e o administrador do Grupo OCP e da Fundação OCP, Mostafa Terrab.

“África utiliza apenas 20% da sua terra arável, portanto, há 80% de terra arável por utilizar, e isso significa que podemos dizer que África tem potencial para se alimentar não só a si mesma, mas também para alimentar todo o mundo”, sustentou Mostafa Terrab, um dos anfitriões dos Diálogos Atlânticos.

in Diário de Notícias

ONU diz que cortes na emissão de gases são “insuficientes”

Temperaturas médias globais poderão subir entre quatro a cinco graus centígrados até 2100 se não houver ação conjunta.

A ONU considerou hoje que as reduções de gases poluentes da atmosfera a que os países se comprometeram voluntariamente são “insuficientes” para limitar a subida da temperatura global a valores inferiores a dois graus centígrados.

O aviso veio da secretária-geral da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla inglesa), Christiana Figueres, ao apresentar, em Berlim, o resumo dos planos nacionais, de 146 países, para combater o aquecimento global.

Figueres, citada pela agência EFE, explicou que, se a comunidade internacional não agir em conjunto e determinadamente, as temperaturas médias globais poderão subir entre quatro a cinco graus centígrados até 2100, tendo por base as estimativas feitas recentemente pela Agência Internacional da Energia (AIE).

A responsável da UNFCCC salientou que, mesmo que os 146 países implementem totalmente as medidas que aprovaram, a subida das temperaturas atingirá os 2,7 graus, o que significa que os cortes propostos são “insuficientes”.

in Diário de Notícias

Tetra Pak prevê vender mais de 100 milhões de embalagens totalmente renováveis em 2016

A Tetra Pak anunciou hoje que a empresa espera vender mais de 100 milhões de embalagens Tetra Rex Bio-based em 2016, reflexo da forte procura desta embalagem desde o seu lançamento em Janeiro de 2015. A primeira embalagem no mundo inteiramente fabricada com materiais à base de plantas ganhou popularidade junto dos consumidores na Finlândia, Suécia e Noruega, com marcas como a Valio, Arla Foods, Vermlands Mejeri e TINE.

Tetra Pak prevê vender mais de 100 milhões de embalagens totalmente renováveis em 2016

Bjørn Malm, gestor de Responsabilidade Social Corporativa da TINE, um dos maiores clientes da Tetra Pak a utilizar esta embalagem, referiu: «Acreditamos que fazer crescer o nosso negócio de forma sustentável é bom não apenas para o ambiente, como melhora a nossa competitividade e garante diferenciação de produto. Graças à embalagem Tetra Rex Bio-based fomos capazes de dar um passo significativo no sentido das nossas próprias metas ambientais e estamos empenhados em tornar todas as nossas embalagens de leite renováveis a partir do próximo ano.»

O perfil ambiental da embalagem foi reconhecido através de sete prémios conquistados no ano passado, incluindo o 1.º lugar na categoria Inovação Sustentável nos Responsible Business Awards da Ethical Corporation.

«O sucesso da Tetra Rex Bio-based no seu primeiro ano é extremamente encorajador», refere Charles Brand, vice-presidente executivo de Gestão de Produto e Operações Comerciais da Tetra Pak. «Estamos orgulhosos de sermos a primeira empresa a oferecer uma embalagem totalmente produzida com materiais de origem vegetal. Todas as embalagens são rastreáveis até à origem, ajudando os nossos clientes a destacar as suas marcas e a comunicar com os consumidores. Esta é uma etapa importante na ambição de longo prazo da Tetra Pak de oferecer embalagens 100% renováveis ao longo de todo o nosso portefólio de produtos.»

In Diário Digital

Consórcios garantem que “não há nenhum impacto ambiental”

Utilização de fracking não está fechada mas só poderá avançar com estudo ambiental e consulta pública.

Os consórcios com contratos de concessão para prospeção de gás natural e de petróleo no Algarve afirmam que “não há nenhum problema ambiental” associado a estas atividades e sublinham que a eventual descoberta de reservas passíveis de exploração seria “uma boa notícia para Portugal”.

A possibilidade de utilização futura de métodos não convencionais de prospeção, como o fracking, ou fraturação hidráulica, que mais receios causam nas populações por serem muito invasivos, não está, no entanto, fechada. Esses métodos estão contemplados, nomeadamente, no contrato celebrado em setembro do ano passado com a Portfuel – Petróleos e Gás de Portugal, do empresário Sousa Cintra, para a prospeção de petróleo em terra (onshore), nas regiões de Tavira e Aljezur.

Segundo a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), não é possível fechar essa possibilidade nos contratos porque a legislação europeia e portuguesa preveem que eles podem ser utilizados. Mas para para que isso se concretize têm de ser feitos estudos de impacto ambiental prévios e uma consulta pública à populações e, se os resultados de ambos não forem positivos, o fracking não avança.

in Diário de Notícias

Vandalismo e corridas na gravilha atrasam obras na praia do Malhão

Roubo de sinais de trânsito, destruição de pinos e degradação do piso prejudicam projeto anti-erosão.

Era apontada pelo projeto Polis do Litoral Sudoeste (PLS) como uma intervenção inovadora nas praias portuguesas e uma solução para a erosão daquela costa. A verdade é que ainda antes da conclusão das obras no parque de estacionamento na praia do Malhão, em Odemira, já o pavimento e balizadores de plástico reciclado foram destruídos e os sinais de trânsito roubados. Apesar deste revés, os responsáveis garantem que a requalificação termina até à próxima época balnear.

A gestão do Polis já perdeu a paciência e há cerca de um mês apresentou queixa na GNR para tentar travar a destruição no Malhão, intervenção orçada em 1,2 milhões de euros. Mas nem as autoridades têm conseguido impedir que, por exemplo, alguns “aceleras” ali se desloquem durante a noite com viaturas todo-o-terreno para radicais gincanas. “Têm dado cabo disto”, lamenta João Alves, administrador do PLS, justificando que este género de pavimento está preparado para suportar viaturas que circulem a 20 ou 30 quilómetros por hora. “Vêm para aqui com malabarismo a velocidades de 70 ou 80 quilómetros por hora e fazem saltar a gravilha”, sublinha, numa altura em que a própria estrutura de alvéolos – uma tela com a função de suster a gravilha – também já apresenta danos em ambos os parques com uma capacidade total de 600 lugares, distribuídos por dois hectares.

Os técnicos classificam a zona como “extremamente sensível”, após ter estado durante anos sujeita a uma utilização “completamente selvagem e desregrada”.

in Diário de Notícias

Quercus. Pagar sacos plásticos foi o melhor que aconteceu ao ambiente

O melhor e o pior para o ambiente? A associação ecologista Quercus fez o balanço do ano.

Fotografia: Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

Pagar os sacos de plástico foi o melhor que podia ter acontecido ao ambiente em 2015. Quem o diz é a associação ecologista Quercus que, pelo lado negativo, elegeu a poluição no rio Tejo como um dos piores factos ambientais de 2015 e a legislação que penaliza o consumo de sacos de plástico como um dos melhores.

A lista foi hoje divulgada, em comunicado, com a Quercus a esperar, nas perspetivas ambientais para 2016, que os municípios optem mais por métodos não químicos, alternativos aos herbicidas, para combater plantas infestantes e que o Estado invista mais na educação e sensibilização ambiental para as áreas protegidas.

A associação alerta para os “recorrentes episódios de poluição” no rio Tejo, que fazem com que se “apresente, ano após ano, mais degradado e ameaçado”, tendo sido “detetadas barreiras que impedem a migração” de peixes.

A lista de piores factos ambientais engloba as metas de reciclagem de lixo, o aumento de eucaliptais “à custa sobretudo da conversão de pinhais-bravos”, a fraude nas emissões de gases nos veículos a gasóleo do grupo Volkswagen, os incêndios florestais, a falta de alimentos para aves necrófagas, o Parque Eólico da Torre de Moncorvo, projetado para uma zona de proteção, e o envenenamento ilegal de aves em perigo de extinção, como o abutre-preto e o abutre-do-Egito.

In Dinheiro Vivo

Exploração de gás e petróleo assusta Costa Vicentina

“Nem Allgarve nem Oilgarve.” População da Carrapateira, Aljezur, começou a mobilizar-se contra a prospeção de petróleo e gás.

A sala do Centro Cultural Recreativo “Amigos da Carrapateira” encheu-se na quinta-feira à noite para ouvir falar de nomes estranhos como o fracking ou a fraturação hidráulica, que possibilita a extração de combustíveis líquidos e gasosos do subsolo. Mas nem alguma confusão criada pelos termos técnicos consegue mudar as certezas da população: Terra da costa vicentina, a Carrapateira (concelho de Aljezur) quer continuar a ser conhecida pelo surf e pela bela praia do Amado e não por ter furos para encontrar petróleo ou gás de xisto. “Nem Allgarve nem Oilgarve. Queremos o nosso Algarve”, sintetizou ao DN Laurinda Seabra, presidente da Associação de Surf e Atividades Marítimas do Algarve (ASMAA).

Está em marcha um movimento popular e de autarcas algarvios contra a prospeção e exploração de petróleo e gás naquela “fatia” da costa, prevista tanto em terra (onshore) como no mar (offshore), na bacia do Alentejo e na bacia do Algarve. “Nem um furo, nem agora nem no futuro”, é o nome da campanha da ASMAA lançada oficialmente na quinta-feira, com autocolantes para colar no carro, t-shirts e uma petição para as populações assinarem. A comunidade da Carrapateira foi a eleita para a primeira de várias sessões públicas de esclarecimento das populações dos concelhos de Aljezur e Tavira contra o “Oilgarve”.

in Diário de Notícias

Planta exótica jacinto-de-água “ameaça” Guadiana

A dispersão da planta no Guadiana “é preocupante e uma ameaça”.

A dispersão da planta exótica invasora jacinto-de-água no rio Guadiana “é preocupante e uma ameaça”, devido à sua “elevada capacidade” de propagação e degradação da qualidade da água, mas ainda não atingiu a albufeira do Alqueva.

Segundo informações prestadas à agência Lusa pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), a dispersão da planta no Guadiana “é preocupante e uma ameaça, pois trata-se de uma espécie exótica invasora com elevada capacidade de propagação e consequentemente com elevada capacidade de degradação da qualidade da água”.

A dispersão da planta atingiu a fronteira do Guadiana entre Portugal e Espanha, coincidente com a confluência do rio Caia, em meados de 2014, mas, até agora, as ações desenvolvidas nos dois países “têm sido eficazes na contenção da proliferação de jacinto-de-água para a albufeira do Alqueva”, indica a empresa.

in Diário de Notícias