Os sapatos também podem ser vegan

Marca portuguesa No Animal Exploitation (NAE) abre primeira loja em nome próprio em Lisboa.

Os sapatos que Alejandro Pérez calça parecem de pele, mas não são. O empresário tem o veganismo como filosofia de vida — que partilha com a mulher, Paula, e com as duas filhas — e não andaria com calçado feito à base de pele ou de qualquer outro material que atentasse contra a vida de animais. Muito à conta da marca de calçado vegan que lançou, em 2008, com a mulher, a NAE (No Animals Exploitation) e que, depois de se ter implantado nos mercados externos, inaugurou dia 19 de dezembro o primeiro espaço em nome próprio em Portugal, na Lx Factory, em Lisboa.

Fabricados em quatro fábricas portuguesas, os sapatos NAE utilizam materiais alternativos ao couro e com impacto reduzido no ambiente, como as microfibras, a borracha natural, o pneu reciclado ou a cortiça. A coleção seguinte, de inverno, apresentará o Piñatex, material têxtil inovador produzido a partir das fibras das folhas de ananás.

“Trabalhamos com o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, em São João da Madeira, para testarmos estes materiais no nosso calçado. Temos de garantir que, além de vegan e ecológicos, têm as características necessárias de durabilidade, impermeabilidade e conforto”, explica Alejandro Pérez. Encontrar, no início da NAE, fábricas nacionais dispostas a inovar e a fazer diferente foi “complicado. Achavam que nós éramos os ‘maluquinhos’ do plástico”, conta.

in Expresso

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