Especialistas europeus encontram-se em Albufeira para discutir a extinção de algumas espécies

Albufeira acolheu o Congresso da Associação Europeia de Mamíderos Aquáticos (EAAM), que reuniu cerca de 140 especialistas de vários países.

O principal objetivo deste congresso foi perceber se ainda é possível salvar as espécies em perigo, nomeadamente baleias, golfinhos, focas, leões-marinhos, manatins, lontras e ursos polares.

Élio Vicente, diretor do porto de abrigo do Zoomarine , a entidade que acolheu o encontro, relembra que, em pleno Séc.XXI, há espécies que estão a desaparecer. “Temos que ter a noção que muitas espécies já não têm salvação”, diz o biólogo marinho.

As alterações climática e a forma como é tratado o meio ambiente pelo ser humano está a criar mudanças significativas e mesmo a extinção de algumas espécies de mamíferos marinhos.

Élio Vicente lembra que a maior parte das pessoas gosta de golfinhos, de baleias ou focas e deixa a questão: “Se nós humanos não conseguimos tomar medidas eficazes para proteger as espécies que amamos, como será com as que não amamos?”.

Adaptado de TSF

Estado vai adquirir mais 200 automóveis elétricos

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, anunciou que a frota automóvel do Estado “tem de se renovar” e que para este ano está prevista a aquisição de mais 200 veículos elétricos para a administração pública.

Matos Fernandes realçou ainda o financiamento por parte do Estado para a aquisição de 715 novos autocarros, parte deles para empresas públicas, e de 500 veículos para os serviços ambientais das autarquias.

Antecipando que, “até 2030, um terço dos automóveis ligeiros que circulam em Portugal serão automóveis elétricos”, o governante disse acreditar que “daqui a quatro ou cinco anos um veículo elétrico custará provavelmente menos do que custa um veículo a combustão”.

Adaptado de Diário de Notícias

Desflorestação na Amazónia aumentou 96% o mês passado

Os dados mostram que nos primeiros nove meses deste ano a área de desflorestação foi de 7.853,91 quilómetros quadrados, um aumento de 96% face ao ano passado, segundo dados do sistema Deter, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro

Canals are pictured among burnt land after a forest fire near Banjarmasin in South Kalimantan province, Indonesia, September 29, 2019. REUTERS/Willy Kurniawan REFILE – CORRECTING NAME OF THE PROVINCE – RC192FAF3D30© REUTERS

Só no mês de setembro foram desflorestados 1.447 quilómetros quadrados da Amazônia, em comparação com os meses entre janeiro e dezembro do ano passado em que o total da área geográfica que obteve alertas de desflorestação foi de 4.947,40 quilómetros quadrados, segundo dados do instituto.

De acordo com o G1, que cita o INPE, o ano de 2019 regista já o maior número de alertas de desflorestação na Amazónia que se verificou desde 2016. 

O sistema Deter, criado em 2004 e reformulado em 2015, produz alertas de abate de árvores nas regiões da Amazónia, de forma a advertir as equipas de proteção ambiental. Este sistema pode assim ser usado para apontar uma tendência geral de aumento ou redução da desflorestação.

O ex-diretor do INPE Ricardo Galvão, exonerado em agosto pelo Presidente do país, Jair Bolsonaro, foi dos primeiros a alertar em setembro para o aumento da desflorestação criminosa na Amazónia, apontando eventuais danos irreversíveis na região. Numa audiência pública no Senado, o mesmo alertou ainda para a necessidade de o Brasil impedir, primeiramente, a desflorestação na região antes de combater os incêndios. 

“O INPE já alertou o Governo há dois meses de que este ano o pico de queimadas, que geralmente é em setembro, ocorreria antes. Eles [grileiros] tomam terras, tiram madeira para fazer o que nós chamamos de corte raso. Porque uma das principais razões [da desflorestação] é a grilagem”, disse Galvão, professor e cientista, citado pela agência do Senado brasileiro. Grilagem significa no país a falsificação de documentos para ilegalmente tomar posse de terras devolutas ou de terceiros.

“Cerca de 25% a 30% da desflorestação na Amazónia tem áreas não destinadas [sem dono conhecido]. Então entram, desflorestam, vendem a madeira e vendem a terra para outros”, acrescentou o ex-diretor do INPE.

Ricardo Galvão foi expulso do seu cargo no instituto há uns meses após ter sido acusado de divulgar dados falsos e agir “de má-fé” com o objetivo de prejudicar o Governo, segundo Jair Bolsonaro.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, possuindo em si a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de cinco milhões e meio de quilómetros quadrados e inclui territórios pertencentes ao Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Adaptação da notícia de Lusa publicada na TSF a 11 de outubro de 2019

Insetos podem desaparecer do planeta dentro de 100 anos

A população total de insetos está a cair a um ritmo de 2,5% todos os anos, alerta um relatório publicado na revista especializada Biological Conservation. A manter-se esta tendência, estes animais podem desaparecer do planeta dentro de um século.

Mais de 40% das espécies de insetos estão em declínio e um terço está já em risco de extinção. O desaparecimento destes seres vivos está a ser oito vezes mais rápido do que o de mamíferos, répteis e aves.

Este problema deve-se à agricultura intensiva, com a utilização em massa de pesticidas, às alterações climáticas e à urbanização de vastas zonas do planeta.

O relatório agora publicado é o primeiro estudo global nesta área. Francisco Sánchez-Bayo, um dos autores, mostra-se chocado com os resultados. Em declarações ao The Guardian, o cientista espanhol avisa que é preciso mudar “a maneira como produzimos alimentos”. A solução pode passar pelo recurso a quintas orgânicas, com menos utilização de químicos.

Os insetos são determinantes em qualquer cadeia alimentar, não só por servirem de alimento para muito animais, mas também, por exemplo, porque mantêm os solos saudáveis, controlam pestes, polinizam a maioria das espécies de plantas e reciclam nutrientes.

Adaptado de Diário de Notícias

Estudantes portugueses em greve pelo clima

Cerca de 60 jovens de diferentes pontos do país estão empenhados na organização da greve às aulas pelo clima. Esta ocorre mundialmente a 15 de março. Em Portugal, estão marcadas manifestações em Lisboa, Coimbra e Porto, para as 10h30.

Em Lisboa, decorrerá concentração no Largo Camões, sendo o objetivo marchar daí até à Assembleia da República. Em Coimbra e no Porto, os protestos vão decorrer em frente à câmara municipal. Iguais manifestações estão previstas em várias cidades do mundo.

“Exigimos uma resolução para esta crise (climática); queremos que seja prioridade governamental. É o nosso planeta, o nosso futuro que está a ser boicotado”, afirma a organização da greve em Portugal. “Desengane-se quem achar que esta não é a maior ameaça à nossa existência”.

A sua principal tarefa tem sido atrair os membros das associações de estudantes, pois considera serem o melhor canal para chegar aos jovens. Direciona a mobilização aos alunos do secundário e universitários, não motivando que os mais novos faltem às aulas.

A organização espera ver milhares de estudantes nas ruas de Lisboa, Coimbra e Porto – como aconteceu em fevereiro na Bélgica, onde 30 mil jovens se juntaram em três cidades para exigir medidas que travem as alterações climáticas, e em Inglaterra, em 60 cidades.

Um dos organizadores da greve em Portugal, João Zoio, de 18 anos e de Lisboa, afirma que “o problema são os interesses económicos que estão por trás de tudo”. “Importa pôr de lado os interesses económicos de particulares e grandes corporações em prol da salvaguarda de boas condições de vida para as gerações futuras”. Em oposição, “o ambiente toca a todos. E, se continuamos assim, este planeta fica inabitável”. “Esta é a nossa maior crise existencial”, sublinha João. Conta ainda que apenas 2,2% dos deputados presentes no parlamento tem menos de 30 anos. “Como é que nos podemos sentir representados? Eu não me sinto representado”, desabafa.

Inês Tecedeiro, de 21 anos e de Palmela, também faz parte da organização da greve de 15 de março. Revela que junto dos estudantes universitários a mensagem em defesa do ambiente está a ganhar fãs e ativistas. Defende que o ambiente é um dos temas que mais interessa aos jovens e sobre o qual mais procuram informação. “A informação de imprensa que nos chega não me diz o que quero saber, ou não é suficiente”, diz ainda. Prefere ir à procura de informação por si e acredita que os jovens estão cada vez “mais interessados em assuntos que lhes interessam verdadeiramente”.

Outra organizadora da greve nacional, Margarida Marques, de 16 anos e de Setúbal, admite que “faltar às aulas é um problema para os pais”, mas que estes estão mais convencidos de que se trata de um objetivo em grande escala. Margarida está firme: “Também quero ter voz, poder fazer alguma coisa”.

Os organizadores da Greve Climática Estudantil têm inspiração em Greta Thunberg, líder do movimento global “School Strike 4 Climate” (A Escola faz Greve pelo Clima). A jovem sueca de 16 anos protesta pacificamente todas as semanas, desde setembro, em frente ao parlamento do seu país.

O movimento pela organização da Greve Climática Estudantil em Portugal surgiu com Matilde Alvim, de Palmela. Esta lançou o desafio através do Instagram, após ver as notícias sobre o trabalho de Greta Thunberg.

Adaptado de Jornal de Notícias

Câmara de Viseu aposta nos copos sustentáveis

A Câmara Municipal de Viseu promove um projeto ambiental de erradicação de plástico descartável, com o objetivo de acabar com o lixo e desperdício de plástico resultante de atividades da Câmara

A cidade de Viseu © Fábio Poço/Global Imagens

Em Viseu começa-se uma operação de erradicação da utilização de copos de plástico descartáveis, substituindo-os por um copo reutilizável e, portanto, ambientalmente mais responsável”, disse à agência Lusa o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu.

À semelhança dos vários festivais de música, cada utilizador terá a possibilidade adquirir um destes copos sob caução.

No ato da compra será entregue ao consumidor o produto que depois poderá devolver no local onde o adquiriu, recebendo os 0,50 euros que investiu inicialmente.

Adaptação da notícia de Lusa no Diário de Notícias a 1 de julho de 2019

Sapatos feitos de plástico diminuem pegada ecológica

A ideia sustenta-se na apanha de plástico nas praias do Norte do País, nomeadamente em Esposende

“O plástico é trabalhado e triturado numa fábrica em Famalicão. Depois, a borracha natural é injetada”, pormenoriza o criador. O corte é ainda finalizado com folhas de ananás e o forro é composto por algodão orgânico.

Já a pensar no verão que sucede o Primavera Sound, há também uma gama de sandálias com tecido de algodão orgânico e a sola, claro está, feita a partir do plástico que dá à costa.

Trabalhar estes materiais é uma tarefa difícil e cara, sobretudo a nível da tecnologia, que ainda torna os processos muito demorados.

Adriana Mano, responsável pelo projeto, frisa que existe “um acordo entre a Zouri e as câmaras municipais que já têm as suas limpezas regulares, em que apenas é pago o transporte até à empresa que faz a limpeza dos materiais”. “É uma troca, um protocolo em que nós nos comprometemos a ir às escolas dos concelhos sensibilizar no formato de um workshop, e que permite às crianças brincarem com o lixo recolhido e criam arte, cada um com a sua abordagem aos pedaços de plástico”, adianta a administradora, preocupada com os valores da “reutilização e redução”.

Quanto à estética, as peças preservam os valores intemporais para que sejam “algo que fica”, contra o recurso à “fast fashion” e ao seu impacto ambiental.

Zouri é a sandália típica japonesa que prima pelo minimalismo. A marca é uma celebração da mentalidade nipónica também no que toca à preocupação ambiental.

O administrador criou ainda, juntamente com Nuno Catarino, de 36 anos, a The Bam&Boo Toothbrush, especializada na produção de escovas de dentes, palhinhas para bebidas, cotonetes, fios dentários, estojos de viagem e champôs em barra de bambu.

O cliente mais frequente da The Bam&Boo Toothbrush é “do género feminino, entre os 25 e os 35 anos”, mas nunca é tarde para iniciar uma corrida contra o tempo para ganhar tempo neste planeta. Num mercado que descarta anualmente mil milhões de escovas de plástico, há agora produtos 95% biodegradáveis.

Adaptação da notícia de Catarina Maldonado Vasconcelos na TSF a 10 de junho de 2019

China encerra base no Evereste para fazer limpeza

A China fechou o campo base do lado norte do Monte Evereste, interditando-o a turistas que não tenham autorização para escalar. As autoridades pretendem fazer uma limpeza do local e lidar com a enorme quantidade de lixo que se tem acumulado.

A China montou estações para classificar, reciclar e recolher lixo da montanha, que inclui latas, sacos plásticos, equipamentos de cozinha, tendas e tanques de oxigénio. Nas operações de limpeza da primavera passada, foram recolhidas 8,4 toneladas de lixo.

A preocupação com o lixo no Evereste já tinha levado as autoridades chinesas a anunciar, em janeiro, que iam limitar o número de licenças para escalar até ao topo do Evereste a 300 por ano e que a temporada de escalada seria restringida à primavera.

A maioria dos turistas visita a montanha pelo lado sul, no Nepal, mas ao longo dos últimos anos o número de visitantes pelo lado chinês, no Tibete, tem vindo a aumentar. Segundo a Associação de Montanhismo da China, mais de 40 mil pessoas visitaram este campo em 2015.

Do lado nepalês, os organizadores de expedições de montanhistas começaram a enviar sacos de lixo com os alpinistas que, durante a temporada de escalada, recolhem o lixo, que é depois transportado por helicóptero.

Adaptado de Diário de Notícias

Consumo de energia elétrica em Portugal baixa em fevereiro

O consumo de energia elétrica em Portugal baixou 3% em fevereiro. Segundo dados da Rede Elétrica Nacional (REN), a produção de energia renovável abasteceu quase metade do consumo nacional no segundo mês do ano (48%).Fotografia: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens

Desde 2001 que a REN não registava um valor tão baixo na produção eólica no mês de fevereiro. A energia eólica representou 26% do total, seguida da hidroelétrica com 18%, da biomassa com 5% e da fotovoltaica com 1,7%. A produção de energia não renovável abasteceu 41% das necessidades de energia do país, tendo sido repartida pelo gás natural com 22% e pelo carvão com 18%.

A energia não renovável representou 36% do consumo dos portugueses e os restantes 17% foram abastecidos por energia importada.

Adaptado de Dinheiro Vivo

Açores vão triplicar a área marinha protegida

Açores querem aumentar para 15% a área marinha protegida da sua Zona Económica Exclusiva. Em parceria com as fundações de preservação de biodiversidade marinha Oceano Azul e Waitt, o Governo Regional pretende abranger uma área três vezes maior do que a atual, num total de 150 mil quilómetros quadrados.

O memorando de entendimento celebrado em março entre os três parceiros vai vigorar durante seis anos e processar-se-á em duas fases. “Queremos dar um sinal ao país e ao mundo de que é possível fazer mais para a proteção dos oceanos e para a sua gestão racional”, afirma Gui Menezes, o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores.

A primeira fase do projeto vai até 2021. Durante esse período, serão feitos estudos científicos para identificar as zonas onde podem ser criadas as novas áreas protegidas e serão definidas leis para a sua implementação. Nos três anos seguintes, o projeto entra na sua segunda fase, com a implementação das novas áreas marinhas protegidas e a avaliação dos resultados.

Os custos da primeira fase do projeto deverão ascender até aos 5 milhões de euros. “Estamos confiantes de que vamos conseguir atrair outros parceiros, como outras fundações, empresas e ONG”, sublinha Emanuel Gonçalves, administrador da Fundação Oceano Azul para a área da conservação. Juntamente com a fundação norte americana Waitt, a Fundação Azul irá disponibilizar 1,5 milhões de euros destinados à implementação do projeto.

Adaptado de Diário de Notícias