Serralves celebra a natureza com quase 80 mil visitantes na Festa do Outono

Nos dias 28 e 29 de Setembro, a Fundação Serralves, no Porto, contou com quase 80 mil pessoas naquela que foi a 6ª edição da Festa do Outuno, mais 30% do que na edição anterior

Foto Rui Oliveira/global Imagens

Naquela que foi a edição da Festa de Outuno com mais afluência de pessoas de sempre, a festa focou-se na comemoração da natureza e na importância da sua proteção, proporcionando várias atividades, tais como workshops, espetáculos de teatro, música e circo, entre outras.

No comunicado de balanço que a Fundação disponibilizou, afirma-se que os visitantes que responderam ao inquérito do Núcleo de Investigação do ISAG – European Business School (NIDISAG) referente à avalição do evento, avaliaram-no como uma iniciativa positiva dando destaque à qualidade e diversidade das atividades do programa, o atendimento, as práticas ambientais promovidas durante o fim de semana e as políticas de gestão de resíduos e poluição. Ainda um facto interessante demonstrado pelo inquérito foi que se concluiu que 30% dos que passaram pelo evento não eram de nacionalidade portuguesa.

Adaptado da notícia de Jornal de Notícias a 29 de setembro de 2019

Trotinetes elétricas influenciam pegada carbónica

Estudo revela que pegada carbónica das trotinetes é superior a outros meios de transporte

© André Gouveia / Global Imagens

As trotinetes elétricas não são tão ecológicas como se pensava devido a um conjunto de factores que os investigadores consideram essenciais, nomeadamente a produção industrial, o carregamento elétrico e o uso das carrinhas que recolhem as trotinetes.

Apesar de o veículo em si ser pouco poluente, todo o processo faz com que este meio de transporte seja responsável por mais emissões de gases de estufa do que as os restantes meios de transporte, o que destrói a imagem de neutralidade carbónica em que as empresas de trotinetes se baseiam.

João Branco, da Quercus, concorda com as conclusões retiradas e explica que o facto de as trotinetes serem elétricas não significa que tenham pegada carbónica zero, referindo que “Uma parte substancial da eletricidade é produzida de combustíveis fósseis e em Portugal a eletricidade que provém de combustíveis fósseis ainda anda à volta dos 40%”.

Por outro lado, chama ainda a atenção para a duração das trotinetes. “Não se sabe se a vida útil é suficiente para ela compensar o carbono que emitiu ao ser construído”, alerta.

Adaptação da notícia de Hugo Neutel e Inês André de Figueiredo na TSF a 4 de agosto de 2019

Tufão Hagibis faz pelo menos 42 mortos

Para além das mortes, assinalam-se ainda 200 feridos após a tempestade. As primeiras 72h são cruciais e por isso as operações de busca e resgate continuam com mais de 110 000 polícias, bombeiros, guarda costeira e exército

Mais de 110 mil pessoas estão envolvidas em buscas e salvamento© REUTERS/Kim Kyung-Hoon

Segundo a emissora pública nipónica NHK, o ministro da Defesa do Japão, Taro Kono, ordenou o envio de 31 000 polícias, lembrando, durante uma reunião de emergência, que as primeiras 72 horas são cruciais para salvar vidas.

A previsão de chuva para o dia de hoje, principalmente durante a noite, com risco extremo de inundações e deslizamentos de terra, alertado pelas autoridades, pode dificultar os resgates. Por essa razão, foi pedido à população que se afastasse das zonas de maior perigo, como rios e montanhas.

Até ao momento registaram-se 42 mortes, sendo que 13 destas ocorreram na província de Fukushima e outras oito na vizinha Miyagi (nordeste), de acordo com a NHK. Segundo dados recolhidos pelas autoridades locais, ainda cerca de 20 pessoas estão dadas como desaparecidas e 200 encontram-se feridas.

O tufão Hagibis teve início sábado pouco antes das 19:00 (13:00 em Lisboa) e, cerca de duas horas depois, chegou à capital japonesa com rajadas de vento até 200 quilómetros por hora, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês). 

Adaptação da notícia de Lusa publicada no Diário de Notícias a 14 de outubro de 2019

Festival Iminente acusado de poluir o pulmão de Lisboa

Adaptação da notícia de Maria João Caetano no Diário de Notícias a 23 de setembro de 2019

Sede da BBC Londres é bloqueada por ativistas do clima

O protesto é promovido pelo movimento Extinction Rebellion e pretende que seja revelada pela estação britânica a verdade sobre os efeitos das alterações climáticas 

Manifestação pelo clima na sede da BBC, em Londres Foto REUTERS/Peter Nicholls

O grupo de manifestantes chegou à BBC esta sexta-feira bloqueando a sede da estação de TV britânica num protesto climático.

Os ativistas pedem aos responsáveis da BBC que levem tão a sério as mudanças climáticas como foi levada a Segunda Guerra Mundial, fazendo este apelo através de cartazes, bandeiras, danças e canções.

De forma a tornar o bloqueio realístico, alguns dos ativistas colaram as próprias mãos nas portas do lado de fora dos escritórios da BBC.

“Estamos aqui para exigir que a BBC responda à emergência da maneira que respondeu à Segunda Guerra Mundial”, disse à Reuters o porta-voz do grupo Extinction Rebellion, Donnachadh McCarthy. Este afirmou ainda que “a BBC se recusou a declarar uma emergência climática” e continua “a normalizar estilos de vida com alto teor de carbono com programas como o ‘Top Gear’ que promovem”, daí a revolta dos manifestantes.

Até ao momento, a BBC preferiu não comentar as acusações feitas.

Ativista pelo clima em protesto na sede da BBC, em Londres Foto REUTERS/Peter Nicholls

O grupo defende que a desobediência civil não violenta é uma forma de forçar os governos a reduzir as emissões de carbono e evitar uma crise climática que, segundo defendem, trará fome e colapso social.

Adaptação da notícia de Reuters publicada no Diário de Notícias a 11 de outubro de 2019

Microplásticos afetam pinguins na Antártida

Um estudo da Universidade de Coimbra revela que a poluição por microplásticos começa a afetar, pela primeira vez, os animais da Antártida

© EPA/JOEL CARRETT

Uma equipa de investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC) confirmou que este tipo de poluição “já entrou na cadeia alimentar marinha”.

“Ao analisarem a dieta de pinguins gentoo Pygocelis papua em duas regiões da Antártida, os investigadores observaram que 20% das 80 amostras de fezes das aves continham microplásticos”, afirma a FCTUC numa nota enviada à Lusa.

As partículas de plástico, com comprimento inferior a cinco milímetros, têm “diversas tipologias, formas e cores, o que indica uma grande variedade de possíveis fontes destes microplásticos”.

“A poluição marinha por plásticos é reconhecidamente uma ameaça aos oceanos em todo o mundo, mas só recentemente tem havido um aumento do esforço científico sobre microplásticos”, sublinha a FCTUC.

“Em zonas mais remotas do planeta, como a Antártida, esperava-se que a presença de microplásticos fosse muito reduzida, embora estudos recentes já tenham encontrado microplásticos em sedimentos e nas águas do Oceano Antártico”, destaca a Faculdade.

José Xavier, autor sénior do artigo, afirma que “esta descoberta é de muita importância para desenvolver novas medidas para reduzir a poluição na Antártida, particularmente relacionada com plásticos, podendo servir de exemplo para outras regiões do mundo”.

Adaptação da notícia de Lusa publicada no Diário de Notícias a 2 de outubro de 2019

Brasil é apontado como “modelo de preservação” ambiental

Segundo o Ministro do Turismo brasileiro, Marcelo Álvaro António, o país é um exemplo de preservação ambiental e os incêndios registados este ano na Amazónia estão dentro da média habitual da última década

Marcelo Álvaro António, ministro do Turismo do Brasil© Jake Spring/Reuters

“Os incêndios este ano estão dentro na média dos últimos 10 anos, isso sempre aconteceu, não existe nada de anormal. O que acontece é que há anos em que chove mais, as queimadas são menores, há anos em que chove menos e a tendência é que se queime mais”, afirmou Marcelo Álvaro António, em Macau, numa conferência de imprensa do Fórum de Economia de Turismo Global (GTEF, na sigla em inglês), no qual o Brasil é um dos países convidados de honra.

O Ministro afirmou ainda que o Brasil “tem um cuidado muito grande com a natureza e o meio-ambiente”, e que os incêndios na Amazónia não afetaram o setor do turismo do país.

Marcelo Álvaro António alertou que “é preciso separar a realidade daquilo que é muitas vezes divulgado pelos media. O Presidente [Jair] Bolsonaro tem na ordem de prioridades a preservação do meio-ambiente, só que aliado ao desenvolvimento do turismo no Brasil”, pois no geral o país “é um modelo de preservação para o mundo”.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em setembro, depois de se saber que o Brasil registara 4.935 focos de queimadas na Amazónia brasileira nos oito primeiros dias, mais de 200 fundos de investimento internacionais (que juntos administram 16 biliões de dólares), pediram às empresas brasileiras que adotem medidas contra a desflorestação e queimadas na Amazónia.

Adaptação da notícia de Lusa publicada na TSF a 14 de outubro de 2019

Ecoansiedade infantil preocupa psicólogos

Vários especialistas internacionais referem um aumento dos problemas psicológicos relacionados com as alterações climáticas nos últimos anos

Crédito fotográfico DN

À medida que aumentam as manchetes sobre as mudanças climáticas, crescem os casos da chamada ecoansiedade entre jovens. Um fenómeno que alertou os psicólogos britânicos e é reforçado ao Diário de Notícias pelos especialistas do nosso país, onde também já foram identificados casos idênticos.

Caroline Hickman, professora na Universidade de Bath (Reino Unido) e membro da Climate Psychology Alliance (CPA) reforça:  “Não há dúvida de que elas [as crianças] estão a ser afetadas emocionalmente. Este medo real das crianças precisa de ser levado a sério pelos adultos.”

Já em 2017, a Associação Americana de Psicologia publicou um relatório sobre os impactos da crise climática na saúde mental, no qual falava da ecoansiedade, que é vista como o medo exagerado de um desastre ambiental, no qual se incluem fenómenos como a perda de biodiversidade, os eventos climáticos extremos ou a desflorestação da Amazónia.

Inês Afonso Marques, coordenadora da área infantojuvenil da Oficina de Psicologia refere que adolescentes “sentem que não estão a fazer tudo o que está ao seu alcance, quer do ponto de vista individual quer na lógica de sensibilização dos outros, para travar os efeitos das alterações climáticas e proteger o planeta”.

Segundo a psicóloga esta é uma preocupação real e presente, acrescentado que os jovens podem ter ataques de ansiedade, problemas de sono, sentimentos de impotência, medo ou pânico.

Da influência dos pais à da televisão

Inês Afonso Marques explica ainda que nos mais novos existe uma grande “influência do discurso dos pais, do tipo de linguagem usada e da maneira como vivem este temas”, mas à medida que crescem “há uma maior consciência, um maior alerta para o que veem na comunicação social e o que é falado entre os pares”.

É importante que as novas gerações estejam sensibilizadas para esta temática, considera a psicóloga Ana Gomes, “mas a forma como é abordada – numa dimensão de catástrofe – desencadeia este descontrolo”. “Se os pais transmitirem essa mensagem, desenvolvem-se estas ecoansiedades e outras”.

Adaptação da notícia de Joana Capucho publicada no Diário de Notícias a 2 de outubro de 2019

Governo deseja equilibrar o negócio da sardinha e a sustentabilidade da espécie

Ana Paula Vitorino, ministra do Mar, manifestou a intenção de encontrar posições equilibradas entre o negócio da venda de sardinha e a sustentabilidade da espécie

Fotografia: Igor Martins/Global Imagens

Iniciou-se este sábado, dia 12 de outubro, a proibição da pesca da sardinha, segundo um despacho assinado pelo secretário de Estados das Pescas, José Apolinário e publicado na quarta-feira em Diário da República. O objetivo é garantir a sustentabilidade da espécie, que todos os anos tem sido alvo de políticas de proteção e suspensão contra a sua captura.

A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, referiu que, apesar da medida, está previsto um aumento positivo do número de sardinhas em águas nacionais, para o próximo ano. No entanto, as organizações ibéricas da sardinha demonstram-se descontentes, pois consideram que este valor não é suficiente, uma vez que defendem que a biomassa disponível permite uma atualização das possibilidades de pesca até cerca de 19 mil toneladas ainda este ano.

Adaptação da notícia de Lusa no Dinheiro Vivo  a 12 de Outubro de 2019

Máquina recolhe plástico no oceano pela primeira vez

A criação promovida pela fundação Ocean Cleanup procede à recolha de pedaços de lixo visíveis e microplásticos

Foto DR

A criação projetada por um adolescente holandês, em 2012, e desenvolvida pela fundação Ocean Cleanup parece estar finalmente a funcionar. Recolheu pela primeira vez plástico do Grande Depósito de Lixo do Pacífico, que flutua entre a Califórnia e o Havai. Segundo o seu inventor, Boyan Slat, foram recolhidos detritos de vários tamanhos, inclusive microplásticos.

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Foto DR

O sistema consiste numa barreira flutuante de 600 metros de comprimento, que utiliza a força das correntes para capturar os resíduos. Tem a forma de U e uma espécie de rede que apanha plástico até aos três metros de profundidade.

Segundo o The Guardian, 600 a 800 mil toneladas de redes de pesca e  8 milhões de toneladas de resíduos plásticos são deixados no mar anualmente, sendo que é entre o Havai e a Califórnia que se situa aquela que é considerada a maior acumulação de plásticos do mundo.

“A missão para tirar o plástico dos oceanos, que se acumula há décadas, está ao nosso alcance”, afirmou Boyan Slat, destacando que a equipa teve de superar “enormes desafios técnicos” para chegar a este ponto.

Apesar do sucesso desta operação, Slat, agora com 25 anos, reconhece que ainda há um longo caminho pela frente. Um dos próximos passos é criar o System 002/B, que irá permitir suportar e manter o plástico durante longos períodos de tempo na água.

Segundo o The Guardian, o plástico que entretanto for recolhido será levado para a costa, em Dezembro, para ser reciclado.

De acordo com um estudo feito pela equipa de Slat, citado pela National Geographic, as redes de pesca “representam 46% do lixo [do Grande Depósito], sendo a restante maioria composta por outros equipamentos da indústria de pesca, incluindo cordas, tubos para criação de ostras, armadilhas para enguias, caixas de pesca e cestos”.

Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 3 de outubro de 2019