Designer cria pranchas de surf feitas de beatas para combater questão ambiental

Taylor Lane (designer industrial) e Ben Judkins (cameraman) estão a criar um filme de surf que alerte para os problemas ambientais causados por beatas atiradas para o chão que acabam nos oceanos 

A ideia de criação de um filme surgiu após Taylor ter ganho uma competição internacional, na qual o desafio é criar soluções «amigas do ambiente» para pranchas de surf, utilizando lixo como parte dos materiais.

A sua invenção – uma tábua com mais de 10 mil beatas apanhadas na costa da Califórnia – levou a que Jack Johnson, músico, ativista ambiental e surfista profissional, decidisse convidá-los para irem ao Havai, quando soube que iriam fazer mais pranchas. Um ano depois, a viagem concretizou-se e Jack pôde, finalmente, surfar com estas pranchas.

Para a dupla, Taylor e Ben, a poluição do plástico é um problema global e é isso que querem mostrar com o filme, referindo que: “Precisamos de encontrar um equilíbrio no mundo entre o que damos e os recursos que retiramos. E é aí que os surfistas têm um papel importante, como líderes que podem chamar a atenção. Damos de caras com plástico dentro de água, seja em que parte do mundo estivermos.”

Os dois reconhecem que o impacto deles ainda tem pouca expressão, mas, com o tempo, vão atingindo mais pessoas, mudando mentalidades e hábitos.

Adaptação da notícia de Nuno Mota Gomes de Diário de Notícias a 6 de setembro de 2019

 

Câmara de Castelo de Vide propõe ecoparque na albufeira de Póvoa e Meadas

A Câmara de Castelo de Vide, no Alto Alentejo, quer gerir uma área de 25 hectares junto ao paredão da barragem de Póvoa e Meadas para criar um ecoparque

A autarquia espera que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), proprietária do espaço, aceite a proposta para que seja criado um ecoparque, num investimento de 500 mil euros.

“Se não for a câmara a tratar os 25 hectares de terreno, tenho a certeza absoluta que vão ficar ao abandono”, alertou o autarca de Castelo de Vide, no distrito de Portalegre.

António Pita adiantou à agência Lusa ter já apresentado ao Governo a intenção do município em gerir o espaço e criar um ecoparque com centro de interpretação, percursos interpretativos em torno da albufeira, um cais e mobiliário para a prática de desportos aquáticos, um parque de caravanismo, um parque de campismo, um pavilhão multiusos e um restaurante com bar e cafetaria.

“A barragem só vai ser requalificada no dia em que a câmara municipal, por estar próxima, por ser estratégica e ser a principal interessada, fizer a gestão do território. Não tendo essa competência e estando de mãos atadas, não pode fazer nenhuma coisa”, sublinhou.

O terreno que a câmara quer gerir é o mesmo onde já decorreu o Festival Andanças, que este ano previa regressar ao local mas a organização cancelou recentemente o evento, alegando que o certame regressará com um “formato adaptado” aos desafios emergentes.

Sobre o Andanças, o autarca disse esperar que continue a ser realizado em Castelo de Vide, tendo já solicitado à organização, a PédeXumbo – Associação para a Promoção da Música e Dança, uma resposta sobre a continuidade do festival no concelho.

O cancelamento do festival de 2019 foi anunciado no início deste mês, através de um comunicado divulgado na página de Internet da PédeXumbo, que alega não estarem reunidos os “pressupostos necessários” para realizar o evento, inicialmente previsto para o período entre 4 e 10 de agosto.

“Este regresso tinha como primordial objetivo assegurar que todos os participantes voltassem a desfrutar de um Andanças com duração de sete dias, pleno de entretenimento, com segurança e conforto”, referiu a organização.

Contudo, “apesar de todas as diligências realizadas, é neste momento impossível garantir os pressupostos necessários à realização do que projetámos para esta edição”, lê-se no documento.

A organização do festival, que este ano cumpria a sua 24.ª edição, alegou ainda que não existe um espaço alternativo à albufeira de Póvoa e Meadas, situação que torna “inviável” prosseguir com o processo de produção.

Adaptação da notícia de Lusa no Diário de Notícias a 17 de junho de 2019

 

 

Vitória portuguesa na segunda edição do Oeiras Eco Rally Portugal

Nuno Serrano e Alexandre Berardo (Renault Zoe) venceram a 9 de junho a segunda edição do Oeiras Eco Rally Portugal, no campeonato do mundo de Carros Elétricos e de Novas Energias, organizado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA)

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A dupla portuguesa foi a que menos pontos de penalização somou, nesta prova de regularidade organizada pelo Classic Club de Portugal e pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), precisando de 344 para cumprir os dois dias de prova, que terminou este domingo.

O piloto polaco Artur Prusak (Renault Zoa), que faz dupla com o navegador francês Thierry Benchetrit, terminou a 28 pontos de distância.

Os portugueses António Ramos/Ivo Tavares (Hyundai Ionic), campeões nacionais em regularidade, venceram o Consumption Index Test.

Os italianos Walter Kofler/Franco e Gaioni (Audi e-tron), terminaram na terceira posição, com 382 pontos.

Com estes resultados, Artur Prusak/Thierry Benchetrit regressam à liderança do campeonato do mundo, após quatro jornadas realizadas.

Adaptação da notícia de Lusa do Diário de Notícias a 9 de junho de 2019

Trotinetes elétricas influenciam pegada carbónica

Estudo revela que pegada carbónica das trotinetes é superior a outros meios de transporte

© André Gouveia / Global Imagens

As trotinetes elétricas não são tão ecológicas como se pensava devido a um conjunto de factores que os investigadores consideram essenciais, nomeadamente a produção industrial, o carregamento elétrico e o uso das carrinhas que recolhem as trotinetes.

Apesar de o veículo em si ser pouco poluente, todo o processo faz com que este meio de transporte seja responsável por mais emissões de gases de estufa do que as os restantes meios de transporte, o que destrói a imagem de neutralidade carbónica em que as empresas de trotinetes se baseiam.

João Branco, da Quercus, concorda com as conclusões retiradas e explica que o facto de as trotinetes serem elétricas não significa que tenham pegada carbónica zero, referindo que “Uma parte substancial da eletricidade é produzida de combustíveis fósseis e em Portugal a eletricidade que provém de combustíveis fósseis ainda anda à volta dos 40%”.

Por outro lado, chama ainda a atenção para a duração das trotinetes. “Não se sabe se a vida útil é suficiente para ela compensar o carbono que emitiu ao ser construído”, alerta.

Adaptação da notícia de Hugo Neutel e Inês André de Figueiredo na TSF a 4 de agosto de 2019

Sapatos feitos de plástico diminuem pegada ecológica

A ideia sustenta-se na apanha de plástico nas praias do Norte do País, nomeadamente em Esposende

“O plástico é trabalhado e triturado numa fábrica em Famalicão. Depois, a borracha natural é injetada”, pormenoriza o criador. O corte é ainda finalizado com folhas de ananás e o forro é composto por algodão orgânico.

Já a pensar no verão que sucede o Primavera Sound, há também uma gama de sandálias com tecido de algodão orgânico e a sola, claro está, feita a partir do plástico que dá à costa.

Trabalhar estes materiais é uma tarefa difícil e cara, sobretudo a nível da tecnologia, que ainda torna os processos muito demorados.

Adriana Mano, responsável pelo projeto, frisa que existe “um acordo entre a Zouri e as câmaras municipais que já têm as suas limpezas regulares, em que apenas é pago o transporte até à empresa que faz a limpeza dos materiais”. “É uma troca, um protocolo em que nós nos comprometemos a ir às escolas dos concelhos sensibilizar no formato de um workshop, e que permite às crianças brincarem com o lixo recolhido e criam arte, cada um com a sua abordagem aos pedaços de plástico”, adianta a administradora, preocupada com os valores da “reutilização e redução”.

Quanto à estética, as peças preservam os valores intemporais para que sejam “algo que fica”, contra o recurso à “fast fashion” e ao seu impacto ambiental.

Zouri é a sandália típica japonesa que prima pelo minimalismo. A marca é uma celebração da mentalidade nipónica também no que toca à preocupação ambiental.

O administrador criou ainda, juntamente com Nuno Catarino, de 36 anos, a The Bam&Boo Toothbrush, especializada na produção de escovas de dentes, palhinhas para bebidas, cotonetes, fios dentários, estojos de viagem e champôs em barra de bambu.

O cliente mais frequente da The Bam&Boo Toothbrush é “do género feminino, entre os 25 e os 35 anos”, mas nunca é tarde para iniciar uma corrida contra o tempo para ganhar tempo neste planeta. Num mercado que descarta anualmente mil milhões de escovas de plástico, há agora produtos 95% biodegradáveis.

Adaptação da notícia de Catarina Maldonado Vasconcelos na TSF a 10 de junho de 2019

Portugal acolheu o primeiro rali ecológico

A primeira edição do Portugal Eco Rally realizou-se em junho integrada  no campeonato de carros eléctricos e energias alternativas da federação internacional – o FIA Electric and New Energy Championship 2018.

Para Portugal é a primeira vez a hospedar uma corrida de rali ecológico, organizada pelo Classic Clube de Portugal em parceria com a (FPAK) Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting.

A corrida automobilistica completou a quarta etapa do campeonato e foi disputada na zona de Oeiras, num percurso com 372 quilómetros.

 

Le Mans introduz corridas de carros a hidrogénio

Apesar das corridas de automóveis serem mal vistas a nível ecológico, graças ao excessivo consumo de combustível dos automóveis e aos altos níveis de poluição sonora, as 24 horas de Le Mans vão introduzir em 2024 carros movidos a hidrogénio, com o projeto Mission H24.

No âmbito das corridas de automóveis já temos carros elétricos na Fórmula E, carros de um lugar como os da Fórmula 1 mas com baterias e motores elétricos, silenciosos e que não produzem emissões de CO2. Porém, este tipo de tecnologia só é adaptável a corridas curtas (com menos de 1 hora) pois não só têm pouca autonomia como não conseguem carregar tão rapidamente as suas baterias.  Assim, não conseguem fazer corridas longas e mais exigentes (como as 24 horas de Le Mans).

O hidrogénio e a célula de combustível resolvem o problema do carregamento rápido e continuam sem produzir CO2, pois produzem apenas vapor de água. O Projeto Mission 24h está a ser conduzido pela ACO, o orgão responsável pela organização da corrida, em conjunto com a GreenGT. Um primeiro protótipodo carro tinha sido começado em 2013 mas não ficou pronto a tempo e nunca foi usado em competição.

Apesar de nunca ter sido usado, a ACO e a GreenGT não queriam deixar o projeto morrer, e com marcas como a Honda e a Hyundai, a organização da Le Mans está agora a desenvolver um protótipo que se estreou com uma volta de demonstração em Spa-Francorchamps, na Bélgica. O protótipo tem 4 células de combustível, pesa 1420 kg e o motor elétrico atinge os 650 cv de potência.

 in  Motor 24

Estas Adidas são amigas dos oceanos

A marca desportiva e a Parley for the Oceans apresentaram uma cobertura feita com desperdício encontrado nos oceanos e redes de profundidade ilegais.

A Adidas apresentou aquele que deverá ser o primeiro par de sapatilhas cuja cobertura será feita exclusivamente de desperdício encontrado nos oceanos e de redes de profundidade ilegais.

De forma a conceber este novo produto, a marca alemã associou-se à Parley for the Oceans, uma organização que procura alertar para a poluição dos oceanos. “É um espaço onde criadores, pensadores e líderes se encontram para pensarem na beleza e na fragilidade dos nossos oceanos e para colaborarem em projectos que podem acabar com a sua destruição”, pode ler-se no site do organismo que recentemente confiscou na costa da África do Sul redes ilegais a uma embarcação depois de 110 dias de investigação.

“Estamos muito orgulhosos de termos como parceiro a Adidas, que colocará nesta missão a sua força criativa de forma a mostrar que é possível transformar o plástico dos oceanos em algo cool”, disse Cyrill Gutsch, fundador da Parley for the Oceans.

 

in Público

Correr na neve

A serra da Estrela vai receber, nos dias 12 e 13, mais um trail camp organizado pelo ultramaratonista Armando Teixeira, que irá partilhar com os participantes as diversas técnicas de corrida em montanha.

A mais de mil metros de altitude, o Eco Resort do Vale do Rossim vol­tará a ser o campo-base de mais um trail camp organizado por Ar­mando Teixeira, um dos mais consagrados ul­tramaratonistas nacionais. O trail running é uma modalidade de corrida disputada em am­biente de natureza, a maior parte das vezes em montanha, e requer cuidados especiais. Nesse sentido, os trails camps, como são conhecidas estas atividades de formação para atletas rea­lizadas em ambiente de montanha, represen­tam oportunidades únicas de aprender com os melhores. Como é o caso de Armando Teixei­ra, que na semana passada foi 13º classificado numa das provas mais duras do calendário in­ternacional de ultra-trail, a TransGranCanaria – com 125 quilómetros de extensão e oito mil metros de desnível positivo, que o atleta por­tuguês completou em 15h11m.

Além dos habituais treinos de corrida, diurnos e noturnos, durante nos quais os participantes aprendem algumas técnicas de subida e descida ou sobre o uso de bastões, o programa inclui também palestras temáti­cas acerca de equipamentos, segurança em montanha, treino, alimentação ou meteoro­logia. Neste fim de semana, os oradores serão Vítor Baía, instrutor de parapente, praticante de montanhismo e também um dos melhores meteorologistas de montanha do mundo, co­nhecido pelo seu trabalho para os mais consa­grados alpinistas internacionais. E o próprio Armando Teixeira, que falará sobre como pla­near um calendário de provas e o melhor mo­do de preparar físico e mente para esses exi­gentes desafios.

In Jornal de Notícias

Ténis Nike Roshe ficam mais ecológicos

As coleções de desporto evoluem a olhos vistos e de estação para estação estão mais tecnológicas, eficientes e com respostas mais precisas às necessidades do consumidor. É o caso do novo modelo da Nike.

Quando o modelo Nike Roshe foi criado, a equipa de design da Nike Sportswear teve como inspiração o famoso lema “less is more” (menos é mais). Desde a sola até á parte superior dos modelos, todos os detalhes da família Roshe são minimalistas e evocam os conceitos de simplicidade e elegância.

Esta Primavera, os Nike Roshe dão mais uma passo na sua evolução  ao ganharem um novo elemento: a tecnologia Nike Flyknit. Tecnologia esta que proporciona um ajuste mais preciso do pé, e consequentemente, maior estabilidade e conforto.

O conceito de Flyknit prende-se com a construção da parte de superior de um modelo de calçado em malha tricotada com pedaços de fios, em vez da utilização do tradicional método de “corte e costura”.

Esta técnica não só torna o calçado incrivelmente leva ao mesmo tempo que resistente e tem também um lado ecológico ao reduzir o desperdício de materiais durante o processo de produção em aproximadamente 72% comparado com modelos desenvolvidos de forma convencional.

in Sapo