Holandeses contra aeroporto no Montijo

Holandeses temem que ave-símbolo da Holanda seja atingida pelos aviões depois de sair de África

Salinas do Samouco, junto ao local onde será construído o novo aeroporto
© Paulo Spranger/Global Imagens

A associação para a defesa das aves da Holanda uniu-se com a Organização Não Governamental Birdlife Europe, e juntos estão a incentivar uma petição contra o novo aeroporto do Montijo. Este abaixo-assinado já conta com mais de 20 mil assinaturas.

O abaixo-assinado tem como objetivo proteger as centenas de milhares de aves do estuário do rio Tejo e também em particular uma espécie: o maçarico-de-bico-direito (ave nacional da Holanda).

Adaptação da notícia de Nuno Guedes na TSF a 18 de fevereiro de 2020


Partido da Terra acusa outros de aproveitamento ambientalista

José Inácio Faria afirma que o seu partido “desde sempre teve o pilar da ecologia e humanismo muito vincados na atividade política local, nacional e internacional” enquanto outros partidos apenas começaram a abordar este tema agora por aproveitarem a onda ambientalista

© André Kosters / LUSA

O presidente do Partido da Terra (MPT) afirma-se como o único interlocutor para as questões climáticas em Portugal e acusa os outros partidos que abordam este tema recentemente de “eco-oportunistas” por estarem a pensar nos votos.

Desde há 26 anos o partido assegura-se como “o pilar da ecologia e humanismo muito vincados na atividade política local, nacional e internacional”. A recuperar de uma crise interna que recentemente terminou quando o Tribunal Constitucional reconheceu José Inácio Faria como presidente da Comissão Nacional, o Partido da Terra concorreu às eleições legislativas de 6 de outubro.

“Onde estavam os partidos com assento parlamentar – que têm uma disposição que os outros partidos não têm, porque têm os apoios que os outros partidos não têm – nas grandes ações de alterações climáticas pelo mundo inteiro e em Portugal também: Almaraz, Retortillo [extração de urânio], Peneda-Gerês, a exploração de lítio que se pretende fazer, a exploração de petróleo ‘offshore’. Falam agora, a dois anos das eleições, sobre as questões das alterações climáticas”, questiona o cabeça de cartaz do MPT.

Por isso, considera que “o ambiente não é só as alterações climáticas”, embora o chavão do clima se tenha tornado “moda”.

O partido foi criado em 1933 pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, agora presidente honorário do MPT.

Adaptação da notícia de Lusa no Diário de Notícias a 16 de Setembro de 2019

Portugal esteve em greve pelo clima

Portugal participou no conjunto de manifestações que levou estudantes de cerca de 170 países a lutarem pelo clima


Foto Octávio Passos/Lusa

Milhares de pessoas concentraram-se no dia 27 de setembro no Cais do Sodré, em Lisboa, num protesto em defesa do planeta, onde acusam os decisores políticos de terem falhado.

Marcada para as 15 horas, a concentração no largo lisboeta do Cais do Sodré contou com milhares de pessoas de todas e idades e nacionalidades, que protestestaram contra as políticas públicas falhadas, como explicou à agência Lusa Sinan Eden, um dos responsáveis pela organização do evento.

O protesto foi marcado maioritariamente por jovens estudantes de várias idades e teve como destino final a praça do Rossio.

Dado que a manifestação se deu em plena campanha eleitoral foram vários os candidatos que marcaram presença no protesto.

Adaptação da notícia de João Campos/Lusa de Jornal de Notícias a 27 de Setembro de 2019

Confagri defende os interesses do setor agrícola

Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal saiu em defesa da manutenção do Ministério da Agricultura e da Comissão da Agricultura na Assembleia da República

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos© Paulo Novais/Lusa

“Superado o período eleitoral, a Confagri, em defesa dos interesses do setor agrícola, pretende deixar claro que considera essencial a manutenção do Ministério da Agricultura, das Florestas e do Desenvolvimento Rural, bem como da Comissão da Agricultura na Assembleia da República”, conforme afirma a Confagri em comunicado. A confederação diz ainda que “o debate sobre a agricultura portuguesa, a floresta e o desenvolvimento socioeconómico das áreas rurais, deverá assumir grande relevo na próxima legislatura”.

Em relação à disponibilidade de diálogo com o novo Governo, a Confagri manifesta “total disponibilidade […] bem como com as forças partidárias que integram o novo parlamento, na procura das soluções que garantam uma atividade agrícola e agroalimentar sustentável” em Portugal.

A confederação alerta também para questões como a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, o futuro da alimentação, a soberania alimentar, o ordenamento dos espaços florestais ou a distribuição dos incentivos à atividade agroalimentar pós 2020, considerando que “conduzirão a acesos debates na sociedade portuguesa”.

O PS venceu as legislativas sem maioria absoluta, seguindo-se PSD, BE, CDU (PCP/PEV), CDS-PP e PAN, com Chega, Iniciativa Liberal e Livre a eleger, cada um, pela primeira vez, um deputado nestas eleições.

Adaptação da notíciaa de Lusa na TSF a 7 de Outubro de 2019

BE faz campanha mais económica e ambientalista 

O BE elaborou para estas legislativas uma equipa dedicada a redes sociais, apostando no digital, o que levou a menos quilómetros percorridos pelo país e um forte apelo à questão do plástico

Catarina Martins numa ação de campanha na Malveira© ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Em declarações à agência Lusa, o diretor de campanha do BE para as eleições legislativas, Jorge Costa, explicou as características da volta que o partido deu até à véspera das votações.

A caravana do BE passou por 11 distritos: Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Faro, Viana do Castelo, Viseu, Aveiro, Porto, Braga e Coimbra.

Jorge Costa afirmou que o objetivo foi conjugar “a presença de rua, o contacto direto com as pessoas” com o “testemunho da situação política, o testemunho do papel que o Bloco teve”, e a demonstração daquilo que “correu melhor e do que ficou por fazer no quadro desta legislatura”.

O deputado apontou ainda que o partido teve “um cuidado também nesta campanha, sobretudo na campanha oficial, que foi o de fazer uma organização dos trajetos que fosse o mais económico e o mais ambientalmente sustentável.”

Este ano o partido decidiu apostar numa forte campanha em regiões como Viana do Castelo e Viseu pois haveria uma forte hipótese de eleição de deputados nestes distritos, o que acabou por não se verificar.

O BE fez ainda uma forte aposta em novas vias de divulgação, como as redes sociais, para que quem não anda pelo país possa ter “a possibilidade de acompanhar a dinâmica da campanha como se andasse”.”O Bloco tem uma campanha muito forte nas redes sociais, tem uma equipa própria a trabalhar sobre isso, interna, dentro do quadro do partido, que foi reforçada para efeitos da campanha eleitoral”, sublinhou o dirigente bloquista.

Não só através das redes, como através do Esquerda.net, é feita a cobertura vídeo, tal como nos vídeos da ‘sitcom’ que foram produzidos e difundidos, abordando e aflorando de uma forma humorística alguns temas que são importantes no programa.

Sobre o tema “plástico”, de acordo com Jorge Costa, foi “praticamente erradicado” da campanha do BE.

Adaptação da notícia de Lusa no Diário de Notícias a 24 de Setembro de 2019

André Silva recebe apoio popular antes das eleições legislativas

Após um dia na campanha do Pessoas-Animais-Natureza vimos um André Silva confiante e apoiado. Para além do apoio, surgiram também algumas propostas vindas de populares

Apoiantes do PAN fazem questão de abraçar o líder do partido, André Silva.© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Joana Oliveira, quem vemos na foto, é uma popular que se emociona ao abraçar o cabeça de lista do PAN por Lisboa. “Tenho dois sobrinhos de sete e cinco anos, o Leonardo e o Pedro, e temo pelo futuro deles. Eu tenho 32 anos, mas eles não vão ter oportunidade de ver tanta coisa, nem de respirar, nem de viver, estamos a destruir o planeta. Os nossos oceanos estão carregados de plástico”, afirma Joana.

Após o abraço, Joana agradeceu ao líder do PAN por “estar a lutar contra os poderes instituídos, empresa e políticos, que só se interessam por eles”. “Por causa de um número de pessoas, estamos todos a sofrer as consequências”.

O abraço de Joana, foi um dos muitos que André Silva recebeu no dia em que se juntou à manifestação da greve climática – o mês passado, antes das eleições legislativas – e que o levou a percorrer as ruas da capital entre o Cais do Sodré e o Rossio, juntamente com milhares de estudantes.

 

Adaptação da notícia de Graça Henriques de Diário de Notícias a 29 de Setembro de 2019

Estado vai adquirir mais 200 automóveis elétricos

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, anunciou que a frota automóvel do Estado “tem de se renovar” e que para este ano está prevista a aquisição de mais 200 veículos elétricos para a administração pública.

Matos Fernandes realçou ainda o financiamento por parte do Estado para a aquisição de 715 novos autocarros, parte deles para empresas públicas, e de 500 veículos para os serviços ambientais das autarquias.

Antecipando que, “até 2030, um terço dos automóveis ligeiros que circulam em Portugal serão automóveis elétricos”, o governante disse acreditar que “daqui a quatro ou cinco anos um veículo elétrico custará provavelmente menos do que custa um veículo a combustão”.

Adaptado de Diário de Notícias

Estudantes portugueses em greve pelo clima

Cerca de 60 jovens de diferentes pontos do país estão empenhados na organização da greve às aulas pelo clima. Esta ocorre mundialmente a 15 de março. Em Portugal, estão marcadas manifestações em Lisboa, Coimbra e Porto, para as 10h30.

Em Lisboa, decorrerá concentração no Largo Camões, sendo o objetivo marchar daí até à Assembleia da República. Em Coimbra e no Porto, os protestos vão decorrer em frente à câmara municipal. Iguais manifestações estão previstas em várias cidades do mundo.

“Exigimos uma resolução para esta crise (climática); queremos que seja prioridade governamental. É o nosso planeta, o nosso futuro que está a ser boicotado”, afirma a organização da greve em Portugal. “Desengane-se quem achar que esta não é a maior ameaça à nossa existência”.

A sua principal tarefa tem sido atrair os membros das associações de estudantes, pois considera serem o melhor canal para chegar aos jovens. Direciona a mobilização aos alunos do secundário e universitários, não motivando que os mais novos faltem às aulas.

A organização espera ver milhares de estudantes nas ruas de Lisboa, Coimbra e Porto – como aconteceu em fevereiro na Bélgica, onde 30 mil jovens se juntaram em três cidades para exigir medidas que travem as alterações climáticas, e em Inglaterra, em 60 cidades.

Um dos organizadores da greve em Portugal, João Zoio, de 18 anos e de Lisboa, afirma que “o problema são os interesses económicos que estão por trás de tudo”. “Importa pôr de lado os interesses económicos de particulares e grandes corporações em prol da salvaguarda de boas condições de vida para as gerações futuras”. Em oposição, “o ambiente toca a todos. E, se continuamos assim, este planeta fica inabitável”. “Esta é a nossa maior crise existencial”, sublinha João. Conta ainda que apenas 2,2% dos deputados presentes no parlamento tem menos de 30 anos. “Como é que nos podemos sentir representados? Eu não me sinto representado”, desabafa.

Inês Tecedeiro, de 21 anos e de Palmela, também faz parte da organização da greve de 15 de março. Revela que junto dos estudantes universitários a mensagem em defesa do ambiente está a ganhar fãs e ativistas. Defende que o ambiente é um dos temas que mais interessa aos jovens e sobre o qual mais procuram informação. “A informação de imprensa que nos chega não me diz o que quero saber, ou não é suficiente”, diz ainda. Prefere ir à procura de informação por si e acredita que os jovens estão cada vez “mais interessados em assuntos que lhes interessam verdadeiramente”.

Outra organizadora da greve nacional, Margarida Marques, de 16 anos e de Setúbal, admite que “faltar às aulas é um problema para os pais”, mas que estes estão mais convencidos de que se trata de um objetivo em grande escala. Margarida está firme: “Também quero ter voz, poder fazer alguma coisa”.

Os organizadores da Greve Climática Estudantil têm inspiração em Greta Thunberg, líder do movimento global “School Strike 4 Climate” (A Escola faz Greve pelo Clima). A jovem sueca de 16 anos protesta pacificamente todas as semanas, desde setembro, em frente ao parlamento do seu país.

O movimento pela organização da Greve Climática Estudantil em Portugal surgiu com Matilde Alvim, de Palmela. Esta lançou o desafio através do Instagram, após ver as notícias sobre o trabalho de Greta Thunberg.

Adaptado de Jornal de Notícias

Açores vão triplicar a área marinha protegida

Açores querem aumentar para 15% a área marinha protegida da sua Zona Económica Exclusiva. Em parceria com as fundações de preservação de biodiversidade marinha Oceano Azul e Waitt, o Governo Regional pretende abranger uma área três vezes maior do que a atual, num total de 150 mil quilómetros quadrados.

O memorando de entendimento celebrado em março entre os três parceiros vai vigorar durante seis anos e processar-se-á em duas fases. “Queremos dar um sinal ao país e ao mundo de que é possível fazer mais para a proteção dos oceanos e para a sua gestão racional”, afirma Gui Menezes, o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores.

A primeira fase do projeto vai até 2021. Durante esse período, serão feitos estudos científicos para identificar as zonas onde podem ser criadas as novas áreas protegidas e serão definidas leis para a sua implementação. Nos três anos seguintes, o projeto entra na sua segunda fase, com a implementação das novas áreas marinhas protegidas e a avaliação dos resultados.

Os custos da primeira fase do projeto deverão ascender até aos 5 milhões de euros. “Estamos confiantes de que vamos conseguir atrair outros parceiros, como outras fundações, empresas e ONG”, sublinha Emanuel Gonçalves, administrador da Fundação Oceano Azul para a área da conservação. Juntamente com a fundação norte americana Waitt, a Fundação Azul irá disponibilizar 1,5 milhões de euros destinados à implementação do projeto.

Adaptado de Diário de Notícias

 

Plástico descartável foi proibido na administração pública

O plástico descartável foi proibido na administração pública, depois de ter sido publicado em Diário da República a resolução que o determina.

A resolução, que promove uma utilização mais sustentável de recursos na Administração Pública, através da redução do consumo de papel e de produtos de plástico, entrou em vigor em Outubro do ano passado.

“É imperativo repensar e inovar o modo como produzimos, utilizamos e regeneramos o plástico, de modo a aumentar a sustentabilidade de todo esse processo, promovendo, desde logo, a redução da produção de resíduos, bem como a sua reutilização e reciclagem, com vista ao sucesso da transição para uma economia circular”, diz-se na resolução, que destaca os produtos de plástico descartáveis, de utilização única.

A medida vincula a administração pública e o setor empresarial do Estado a adotar medidas de redução do consumo de plástico, mas também de papel e produtos de impressão.

Ficam proibidos a aquisição ou utilização de, por exemplo, copos para café, água ou outras bebidas, pratos e taças, talheres, palhinhas e palhetas de plástico, garrafas (exceto das máquinas automáticas), devendo privilegiar-se garrafas reutilizáveis e pontos de enchimento de água da torneira.

Os sacos de plástico também terão de ser substituídos por embalagens de papel, com exceção dos sacos para lixo indiferenciado.

in Diário de Notícias