Quercus considera que novo aeroporto em Alcochete ameaça fortemente o ambiente

A organização ambientalista Quercus considera que a construção de um novo aeroporto em Alcochete “ameaça fortemente o ambiente e os valores naturais”, e diz aguardar o estudo de impacto ambiental sobre o Montijo.

A organização dedicou o mês de setembro à investigação do tema do novo aeroporto de Lisboa, concluindo que as duas opções (reconversão da Base Aérea do Montijo ou construção no Campo de Tiro de Alcochete) apresentam riscos ambientais.

A organização afirma que a construção do aeroporto no campo de tiro de Alcochete representa uma “forte ameaça” para o valor ecológico da área, onde existem 147 espécies autóctones, e critica a falta de estudos sobre o impacto de um novo aeroporto no movimento das aves.

Os ambientalistas alertam também para os riscos sísmicos e dizem que o movimento das aves não foi estudado e como tal estão por avaliar os riscos para os aviões. Para além disso, existem outros riscos ambientais no que diz respeito a “emissões de ruído, emissões de poluentes gasosos, destruição e/ou degradação de habitats naturais e semi-naturais, intrusão na paisagem natural, ordenamento do território, ou mesmo interferências na qualidade da água”.

Em relação ao aeroporto no Montijo a organização diz não poder emitir um parecer por falta de documentação pública disponível, nomeadamente um estudo de impacto ambiental.

Artigo adaptado de uma notícia publicada no Diário de Notícias a 28 de Setembro.

Organização Mundial de Saúde alerta para impacto do tabaco no meio ambiente

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que fumar, além de matar sete milhões de pessoas por ano, tem um impacto devastador no meio ambiente, contribuindo para a desmatação, e danificando e acidificando solos e águas.

Num novo relatório divulgado, especialistas alertam que a pegada ecológica deixada pela produção de tabaco é comparável ao impacto ambiental de países inteiros.

Segundo este documento, produzir seis triliões de cigarros por ano é mais prejudicial para o planeta do que a produção em massa de alimentos.

Os especialistas calculam que uma pessoa que fume um maço de cigarros por dia (20 cigarros) durante 50 anos é responsável pelo gasto de 1,4 mil milhões de litros de água.

in Diário de Notícias

Maioria do plástico que contamina oceanos vem da Coca-Cola, Pepsi e Nestlé

De acordo com um estudo do movimento ambientalista “Break Free from Plastic”, as multinacionais Coca-Cola, Pepsi e Nestlé são as que mais contribuem para a contaminação dos oceanos com plástico.

Mais de dez mil voluntários examinaram o lixo de 42 países, concluindo que de entre os mais de 187 mil pedaços de plástico recolhidos, 65% eram embalagens de produtos de grandes corporações mundiais, sendo que a maioria era destas empresas. Outras das marcas responsáveis pelo plástico que contamina os mares são a Danone e a Colgate-Palmolive.

Mais de metade das peças encontradas eram feitas de materiais muito difíceis ou impossíveis de reciclar, como o plástico usado em garrafas e em embalagens descartáveis.

Todos os anos são produzidas 320 milhões de toneladas de plástico e estima-se que, na próxima década, a quantidade aumente 40%, fazendo com que a libertação de gases responsáveis pelo efeito de estufa cresça exponencialmente.

Von Hernandez, coordenador do movimento, defende que “devemos exigir às empresas por trás destas marcas de consumo de massas que larguem o mau hábito de sobre-embalar os seus produtos e inverter a procura pelo plástico”.

Segundo estudos recentes citados pelo “Break Free from Plastic”, cerca de 80% das 8,3 mil milhões de toneladas de plástico produzidas desde 1950 ainda persistem no meio ambiente, especialmente nos oceanos.

 in Diário de Notícias

Lisboa poderá reutilizar mais água residual

Lisboa pode vir a utilizar mais água residual tratada na limpeza das estações do Metro ou na lavagem de autocarros, afirmou Carlos Martins, secretário de Estado do Ambiente.

O Governo definiu medidas para incentivar o uso de águas residuais preparadas nas 50 maiores estações de tratamento (ETAR), de modo a atingir 15 a 20% de reutilização.

“O município de Lisboa é aquele que usa mais águas residuais tratadas. Há um conjunto de freguesias que já vai buscar água às ETAR do sistema da Águas Tejo Atlântico para limpeza de ruas e contentores”, referiu Carlos Martins à agência Lusa.

“Estamos muito empenhados, nomeadamente, com a ideia de Lisboa vir a ser a Capital Europeia Verde de 2020 para que, no caso concreto do Parque das Nações”, se possa avançar com a “construção de redes e de usos” até àquele ano, disse o secretário de Estado.

O Governo quer incentivar a reutilização de água tratada, o que exige a instalação de condutas específicas para levar esta água aos locais onde pode ser usada, dos jardins, às estações de Metro ou aos edifícios.

in Diário de Notícias

Especialistas da ONU dizem que temos 12 anos para salvar o planeta

Um relatório de especialistas da ONU alerta que o mundo terá de avançar com transformações “rápidas e sem precedentes” para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius e impedir, assim, uma subida dramática do risco de fenómenos extremos como secas, inundações e picos de calor.

O documento de 400 páginas encomendado pelas Nações Unidas foi divulgado após uma reunião de cinco dias, em que participaram 570 representantes de 135 países. Nele, os cientistas descrevem, com base em seis mil estudos, os impactos de um aquecimento de mais de 1,5º Celsius, um nível que a Terra poderá atingir já em 2030 devido à falta de uma redução maciça das emissões de gases de efeito estufa.

Os responsáveis pelo documento sublinham que limitar o aquecimento global a quase um grau pode significar a diferença entre a vida e a morte de muitas pessoas e ecossistemas, pelo que é urgente avançar com transformações nos “sistemas de energia, transportes, construção e indústria”.

Limitar o aquecimento a 1,5ºC pode impedir, por exemplo, a extinção de espécies e a destruição total do coral, fundamental para o ecossistema marinho. Pode ainda reduzir a subida do mar em 10 centímetros até 2100 e salvar áreas costeiras.

Por outro lado, exceder esse limite irá provocar chuvas torrenciais ou secas profundas, o que terá um impacto negativo na produção de alimentos, especialmente em áreas sensíveis como o Mediterrâneo ou América Latina. Também afetará a saúde, o abastecimento de água e o crescimento económico, com um impacto especialmente negativo nas populações mais pobres e vulneráveis do planeta.

Os peritos admitem ter “pouca esperança” de que o mundo seja capaz de enfrentar este desafio, tendo em conta que estas mudanças requerem custos muito elevados a curto prazo – o documento fala num “investimento médio anual nos sistemas de energia a rondar os dois biliões de euros entre 2016 e 2035” -, um investimento que compensará certamente a médio prazo.

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ONU diz que cortes na emissão de gases são “insuficientes”

Temperaturas médias globais poderão subir entre quatro a cinco graus centígrados até 2100 se não houver ação conjunta.

A ONU considerou hoje que as reduções de gases poluentes da atmosfera a que os países se comprometeram voluntariamente são “insuficientes” para limitar a subida da temperatura global a valores inferiores a dois graus centígrados.

O aviso veio da secretária-geral da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC, na sigla inglesa), Christiana Figueres, ao apresentar, em Berlim, o resumo dos planos nacionais, de 146 países, para combater o aquecimento global.

Figueres, citada pela agência EFE, explicou que, se a comunidade internacional não agir em conjunto e determinadamente, as temperaturas médias globais poderão subir entre quatro a cinco graus centígrados até 2100, tendo por base as estimativas feitas recentemente pela Agência Internacional da Energia (AIE).

A responsável da UNFCCC salientou que, mesmo que os 146 países implementem totalmente as medidas que aprovaram, a subida das temperaturas atingirá os 2,7 graus, o que significa que os cortes propostos são “insuficientes”.

in Diário de Notícias

Consórcios garantem que “não há nenhum impacto ambiental”

Utilização de fracking não está fechada mas só poderá avançar com estudo ambiental e consulta pública.

Os consórcios com contratos de concessão para prospeção de gás natural e de petróleo no Algarve afirmam que “não há nenhum problema ambiental” associado a estas atividades e sublinham que a eventual descoberta de reservas passíveis de exploração seria “uma boa notícia para Portugal”.

A possibilidade de utilização futura de métodos não convencionais de prospeção, como o fracking, ou fraturação hidráulica, que mais receios causam nas populações por serem muito invasivos, não está, no entanto, fechada. Esses métodos estão contemplados, nomeadamente, no contrato celebrado em setembro do ano passado com a Portfuel – Petróleos e Gás de Portugal, do empresário Sousa Cintra, para a prospeção de petróleo em terra (onshore), nas regiões de Tavira e Aljezur.

Segundo a Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), não é possível fechar essa possibilidade nos contratos porque a legislação europeia e portuguesa preveem que eles podem ser utilizados. Mas para para que isso se concretize têm de ser feitos estudos de impacto ambiental prévios e uma consulta pública à populações e, se os resultados de ambos não forem positivos, o fracking não avança.

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Vandalismo e corridas na gravilha atrasam obras na praia do Malhão

Roubo de sinais de trânsito, destruição de pinos e degradação do piso prejudicam projeto anti-erosão.

Era apontada pelo projeto Polis do Litoral Sudoeste (PLS) como uma intervenção inovadora nas praias portuguesas e uma solução para a erosão daquela costa. A verdade é que ainda antes da conclusão das obras no parque de estacionamento na praia do Malhão, em Odemira, já o pavimento e balizadores de plástico reciclado foram destruídos e os sinais de trânsito roubados. Apesar deste revés, os responsáveis garantem que a requalificação termina até à próxima época balnear.

A gestão do Polis já perdeu a paciência e há cerca de um mês apresentou queixa na GNR para tentar travar a destruição no Malhão, intervenção orçada em 1,2 milhões de euros. Mas nem as autoridades têm conseguido impedir que, por exemplo, alguns “aceleras” ali se desloquem durante a noite com viaturas todo-o-terreno para radicais gincanas. “Têm dado cabo disto”, lamenta João Alves, administrador do PLS, justificando que este género de pavimento está preparado para suportar viaturas que circulem a 20 ou 30 quilómetros por hora. “Vêm para aqui com malabarismo a velocidades de 70 ou 80 quilómetros por hora e fazem saltar a gravilha”, sublinha, numa altura em que a própria estrutura de alvéolos – uma tela com a função de suster a gravilha – também já apresenta danos em ambos os parques com uma capacidade total de 600 lugares, distribuídos por dois hectares.

Os técnicos classificam a zona como “extremamente sensível”, após ter estado durante anos sujeita a uma utilização “completamente selvagem e desregrada”.

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Exploração de gás e petróleo assusta Costa Vicentina

“Nem Allgarve nem Oilgarve.” População da Carrapateira, Aljezur, começou a mobilizar-se contra a prospeção de petróleo e gás.

A sala do Centro Cultural Recreativo “Amigos da Carrapateira” encheu-se na quinta-feira à noite para ouvir falar de nomes estranhos como o fracking ou a fraturação hidráulica, que possibilita a extração de combustíveis líquidos e gasosos do subsolo. Mas nem alguma confusão criada pelos termos técnicos consegue mudar as certezas da população: Terra da costa vicentina, a Carrapateira (concelho de Aljezur) quer continuar a ser conhecida pelo surf e pela bela praia do Amado e não por ter furos para encontrar petróleo ou gás de xisto. “Nem Allgarve nem Oilgarve. Queremos o nosso Algarve”, sintetizou ao DN Laurinda Seabra, presidente da Associação de Surf e Atividades Marítimas do Algarve (ASMAA).

Está em marcha um movimento popular e de autarcas algarvios contra a prospeção e exploração de petróleo e gás naquela “fatia” da costa, prevista tanto em terra (onshore) como no mar (offshore), na bacia do Alentejo e na bacia do Algarve. “Nem um furo, nem agora nem no futuro”, é o nome da campanha da ASMAA lançada oficialmente na quinta-feira, com autocolantes para colar no carro, t-shirts e uma petição para as populações assinarem. A comunidade da Carrapateira foi a eleita para a primeira de várias sessões públicas de esclarecimento das populações dos concelhos de Aljezur e Tavira contra o “Oilgarve”.

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Planta exótica jacinto-de-água “ameaça” Guadiana

A dispersão da planta no Guadiana “é preocupante e uma ameaça”.

A dispersão da planta exótica invasora jacinto-de-água no rio Guadiana “é preocupante e uma ameaça”, devido à sua “elevada capacidade” de propagação e degradação da qualidade da água, mas ainda não atingiu a albufeira do Alqueva.

Segundo informações prestadas à agência Lusa pela Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), a dispersão da planta no Guadiana “é preocupante e uma ameaça, pois trata-se de uma espécie exótica invasora com elevada capacidade de propagação e consequentemente com elevada capacidade de degradação da qualidade da água”.

A dispersão da planta atingiu a fronteira do Guadiana entre Portugal e Espanha, coincidente com a confluência do rio Caia, em meados de 2014, mas, até agora, as ações desenvolvidas nos dois países “têm sido eficazes na contenção da proliferação de jacinto-de-água para a albufeira do Alqueva”, indica a empresa.

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