Já pode denunciar ameaças à qualidade da água

A plataforma interactiva dQa, criada pela Quercus, permite a qualquer cidadão denunciar situações que possam ameaçar a qualidade da água, informação que pode dar origem a fiscalização das autoridades.

Já pode denunciar ameaças à qualidade da água

A plataforma “destina-se a receber informação dos cidadãos acerca de situações que possam degradar a qualidade da água”, disse à agência Lusa a coordenadora do projecto dQa – Cidadania Para o Acompanhamento das Políticas Públicas da Água, desenvolvido pela Quercus ao longo dos últimos dois anos.

Carla Graça salientou o interesse de autoridades na área da água, como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Administrações de Regiões Hidrográficas (ARH), para consultarem e tratarem as informações que chegam à plataforma, e averiguarem a ameaça.

O cidadão só tem de registar-se na plataforma, já a funcionar, e pode assinalar no mapa de Portugal o “ponto crítico” para a água e descrever a situação.

A plataforma é uma das iniciativas do projecto dQa, desenvolvido pela Quercus ao longo dos últimos dois anos, e que “constituiu uma oportunidade de colaboração” entre Organizações Não Governamentais (ONG), entidades públicas e cidadãos para concertar esforços na melhoria e salvaguarda da qualidade dos recursos hídricos, “agora fortalecidos pela ferramenta online criada”, refere a Quercus.

In Jornal de Negócios

Quercus exige estratégia para recuperar zonas húmidas, algumas já estão ameaçadas

A Quercus exigiu hoje a definição de uma estratégia e de planos de gestão para recuperar as zonas húmidas, habitats sensíveis que estão ameaçados, considerando que cinco destes espaços já deviam ter classificação internacional.

A associação de defesa do ambiente Quercus diz ser «inaceitável que as zonas húmidas da Ria de Aveiro, Lagoa de Óbidos, Lagoa de Melides, Estuário do Minho e Barrinha de Esmoriz continuem sem ser designadas como Zonas Húmidas de Importância Internacional».

A posição da Quercus, hoje divulgada, quando se assinala o Dia Mundial das Zonas Húmidas, defende a necessidade absoluta de escolher 2016 para o arranque dos planos de gestão, «da avaliação das incorreções de alguns dos limites dos Sítios de Importância Comunitária e de Zonas de Proteção Especial para as Aves, da designação de novos Sítios e do alargamento da Rede Natura 2000 ao meio marinho».

In Diário Digital

Fundos para investigação em concentração solar em Évora disponibilizados “a curto prazo”

Os fundos europeus regionais que vão apoiar a investigação de concentração solar em Évora vão ser disponibilizados a “curto prazo”.

A garantia foi dada hoje pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, Roberto Pereira Grilo, na sessão de abertura do 3º Simpósio do Instituto Português da Energia Solar (IPES): “A Concentração solar e o futuro”, que decorre esta segunda e terça-feira, em Évora.

O presidente da CCDR, autoridade de gestão do Programa Operacional Regional Alentejo 2020, lembra que a CCDR e o Alentejo 2020 “consagraram na sua estratégia cinco grandes áreas, entre as quais se encontra a energia”.

O INIESC (Infra-Estrutura Nacional de Investigação para Energia Solar de Concentração), uma parceria entre a Universidade de Évora e o LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia), já está validado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, mas verá agora aberta uma candidatura para obter financiamento no âmbito do programa operacional.

O montante global para os próximos três anos ultrapassa os três milhões de euros e envolve duas dezenas de pessoas do LNEG e Universidade de Évora. O IPES será o gestor dos fundos no INIESC, avança ao Ambiente Online o presidente do IPES, Manuel Collares Pereira. “O projecto HPS-2 [Évora Molten Salt Plataform] é um dos primeiros projectos que vem para a infra-estrutura”, adianta. Outro dos projectos a implementar em Évora é uma plataforma de ensaio de concentradores solares.

In ambiente online

Conselho de Segurança Nuclear alerta para falhas na central de Almaraz

PAN quer intervenção do Governo para encerrar central Almaraz, localizada à beira do Tejo, a 100 km da fronteira com Portugal.

Inspetores do Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol alertaram para falhas no sistema de arrefecimento da central nuclear de Almaraz (Cáceres), avança o jornal El País. A central, localizada à beira do Tejo, a 100 km da fronteira com Portugal, sofreu duas avarias nos motores das bombas de água e os cinco técnicos que fizeram a inspeção consideram que não há garantias suficientes de que o sistema possa funcionar normalmente.

Na nota de 28 de janeiro, a que o jornal espanhol teve acesso, pode ler-se que não há “garantias suficientes de que exista uma expectativa razoável” de que o sistema de arrefecimento possa funcionar de forma adequada, perante as falhas detetadas. O El País diz ainda que fontes internas do CSN consideram que a inspeção devia ter levado à suspensão imediata de atividade no reator que ainda está em funcionamento em Almaraz – o outro está parado, para uma intervenção programada. No entanto, não houve nenhuma ordem nesse sentido. Os diretores de Almaraz e da CSN encontraram-se ontem, mas ainda não são conhecidos resultados dessa reunião.

In Diário de Notícias

Produção eólica ultrapassou consumo nacional de electricidade pela primeira vez

A produção eólica atingiu na madrugada de segunda para terça-feira um novo máximo em Portugal – 4.210 Megawatt (MW) – tendo pela primeira vez ultrapassado o consumo nacional de electricidade, segundo dados da REN (Redes Eléctricas Nacionais).

O vento forte registado durante aquela noite levou a um novo máximo na produção eólica que, associado a consumos baixos, garantiu que, pela primeira vez, a produção eólica tivesse ultrapassado o consumo nacional.

De acordo com os dados da gestora da rede eléctrica, citados pelo Observador, o novo máximo na produção, de 4.210 MW, foi atingido às 2:15, ultrapassando em cerca de 80 MW o anterior máximo ocorrido em Janeiro deste ano.

Entre as 2:00 e as 5:30, a produção eólica foi sempre superior ao consumo com uma diferença que atingiu um máximo de 148 MW às 04:15, quando a produção eólica se situava em 4.101 MW e o consumo era de apenas 3.953 MW.

Segundo dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia, Portugal tem 4.953MW de potência eólica instalada, sendo a segunda energia renovável mais importante no sistema eléctrico nacional, depois da hídrica com 5.791MW de potência instalada.

In Sapo

Ministério do Ambiente vai fiscalizar Marés Vivas

O Ministério do Ambiente vai criar uma comissão de acompanhamento para minimizar o impacto do Marés Vivas na Reserva Natural Local do Estuário do Douro, mas não rejeita a localização escolhida pela Câmara de Gaia para o festival, como pretendia a Quercus.

Os concertos realizar-se-ão nos dias 14 a 16 de julho no futuro parque do Vale de São Paio, que nascerá na encosta em frente à reserva natural. A nova localização dista cerca de 90 metros da área protegida e serve de refúgio a centenas de espécies.

A mudança deve-se ao facto do espaço utilizado pelo festival nos últimos anos (a 900 metros da reserva natural) ser parcialmente privado e os proprietários dos terrenos querem urbanizá-los. Em causa está a construção de sete edifícios de oito e de nove pisos (seis já licenciados) em zona inundável do rio Douro que o atual presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, quer travar.

No entanto, a Quercus rejeita a realização do festival num espaço verde tão próximo da reserva por entender que causará graves danos às aves. Esta terça-feira, admitiu apresentar queixas ao Ministério do Ambiente, ao Ministério Público e nos tribunais, se o Município de Gaia não alterasse o local dos concertos.

A resposta do Ministério do Ambiente não tardou e chegou esta quarta-feira. Atento ao debate, o ministro João Pedro Matos Fernandes ordenou a criação de uma comissão de acompanhamento do Marés Vivas, que integrará três representantes do ministério. No entanto, o Governo não rejeita a localização escolhida para o festival pelo Município gaiense.

In Jornal de Notícias

Transportes urbanos na tutela do Ministério do Ambiente

A lei orgânica do Governo aprovada em Conselho de Ministros prevê que os transportes urbanos de Lisboa e Porto, alvo de concessão a privados por parte do anterior executivo, fiquem na tutela do Ministério do Ambiente.

Este dossiê dos transportes urbanos é considerado um dos que merecerá decisão mais urgente, já que o PS apresentou uma resolução na semana passada para reverter o processo de concessão a privados do Metropolitano de Lisboa, da Carris, da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) e Metro do Porto, mantendo estas empresas na esfera pública.

Na conferência de imprensa, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, referiu que “os transportes urbanos estavam sob tutela do Ministério da Economia na estrutura orgânica do Governo anterior, mas não era normal que assim se passasse”.

“Antes, por exemplo, os transportes urbanos estiveram sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações”, acrescentou.

O Ministério do Ambiente, de acordo com a lei orgânica do XXI Governo Constitucional, “integra todas as políticas urbanas, incluindo os transportes urbanos e a habitação”.

Interrogada sobre o caso da ferrovia, a ministra da Presidência referiu que será uma área da competência do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

In Jornal de Notícias