Conselho de Segurança Nuclear alerta para falhas na central de Almaraz

PAN quer intervenção do Governo para encerrar central Almaraz, localizada à beira do Tejo, a 100 km da fronteira com Portugal.

Inspetores do Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol alertaram para falhas no sistema de arrefecimento da central nuclear de Almaraz (Cáceres), avança o jornal El País. A central, localizada à beira do Tejo, a 100 km da fronteira com Portugal, sofreu duas avarias nos motores das bombas de água e os cinco técnicos que fizeram a inspeção consideram que não há garantias suficientes de que o sistema possa funcionar normalmente.

Na nota de 28 de janeiro, a que o jornal espanhol teve acesso, pode ler-se que não há “garantias suficientes de que exista uma expectativa razoável” de que o sistema de arrefecimento possa funcionar de forma adequada, perante as falhas detetadas. O El País diz ainda que fontes internas do CSN consideram que a inspeção devia ter levado à suspensão imediata de atividade no reator que ainda está em funcionamento em Almaraz – o outro está parado, para uma intervenção programada. No entanto, não houve nenhuma ordem nesse sentido. Os diretores de Almaraz e da CSN encontraram-se ontem, mas ainda não são conhecidos resultados dessa reunião.

In Diário de Notícias

Artista cria mosaicos ecológicos com vidro reciclado

É frequente encontrar-se vidro reciclado em telhados, bancadas e, claro, em obras de arte. Nikki Ella Whitlock, uma artista britânica, dominou a arte de trabalhar o vidro reciclado e exemplo disso são os mosaicos intrincados que faz com restos de vidro.

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Florista de profissão, há muito que Nikki gosta de pintar e fazer colagens e em 2010 começou a criar mosaicos. A maioria dos materiais que utiliza é reciclada, sendo a escolha principal o vidro. A maior parte do vidro é aproveitada de garrafas de vinho de várias cores que a artista parte e funde no forno próprio que possui.

“As variedades de verde, dourado e castanho que encontro nas garrafas de vinho são fantásticas pois gosto de tons de terra. Considero bastante excitante reutilizar objectos encontrados, especialmente o vidro. Com luzes, os efeitos fractais podem ser fantásticos”, indica a artista ao TreeHugger.

Além dos mosaicos, Nikki também cria peças de mobília que de alguma forma incorporam o vidro mas também materiais menos convencionais, como penas. A maior parte dos trabalhos revelam uma clara ligação com a natureza, reflexo da ligação entre a artista e o meio ambiente.

in Green Savers

Produção eólica ultrapassou consumo nacional de electricidade pela primeira vez

A produção eólica atingiu na madrugada de segunda para terça-feira um novo máximo em Portugal – 4.210 Megawatt (MW) – tendo pela primeira vez ultrapassado o consumo nacional de electricidade, segundo dados da REN (Redes Eléctricas Nacionais).

O vento forte registado durante aquela noite levou a um novo máximo na produção eólica que, associado a consumos baixos, garantiu que, pela primeira vez, a produção eólica tivesse ultrapassado o consumo nacional.

De acordo com os dados da gestora da rede eléctrica, citados pelo Observador, o novo máximo na produção, de 4.210 MW, foi atingido às 2:15, ultrapassando em cerca de 80 MW o anterior máximo ocorrido em Janeiro deste ano.

Entre as 2:00 e as 5:30, a produção eólica foi sempre superior ao consumo com uma diferença que atingiu um máximo de 148 MW às 04:15, quando a produção eólica se situava em 4.101 MW e o consumo era de apenas 3.953 MW.

Segundo dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia, Portugal tem 4.953MW de potência eólica instalada, sendo a segunda energia renovável mais importante no sistema eléctrico nacional, depois da hídrica com 5.791MW de potência instalada.

In Sapo

Ministério do Ambiente vai fiscalizar Marés Vivas

O Ministério do Ambiente vai criar uma comissão de acompanhamento para minimizar o impacto do Marés Vivas na Reserva Natural Local do Estuário do Douro, mas não rejeita a localização escolhida pela Câmara de Gaia para o festival, como pretendia a Quercus.

Os concertos realizar-se-ão nos dias 14 a 16 de julho no futuro parque do Vale de São Paio, que nascerá na encosta em frente à reserva natural. A nova localização dista cerca de 90 metros da área protegida e serve de refúgio a centenas de espécies.

A mudança deve-se ao facto do espaço utilizado pelo festival nos últimos anos (a 900 metros da reserva natural) ser parcialmente privado e os proprietários dos terrenos querem urbanizá-los. Em causa está a construção de sete edifícios de oito e de nove pisos (seis já licenciados) em zona inundável do rio Douro que o atual presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, quer travar.

No entanto, a Quercus rejeita a realização do festival num espaço verde tão próximo da reserva por entender que causará graves danos às aves. Esta terça-feira, admitiu apresentar queixas ao Ministério do Ambiente, ao Ministério Público e nos tribunais, se o Município de Gaia não alterasse o local dos concertos.

A resposta do Ministério do Ambiente não tardou e chegou esta quarta-feira. Atento ao debate, o ministro João Pedro Matos Fernandes ordenou a criação de uma comissão de acompanhamento do Marés Vivas, que integrará três representantes do ministério. No entanto, o Governo não rejeita a localização escolhida para o festival pelo Município gaiense.

In Jornal de Notícias

Ambiente e cultura convivem em Serralves

A Fundação de Serralves, no Porto, não se preocupa apenas com a cultura. O ambiente é outra prioridade da instituição e o edifício projectado por Siza Vieira, jardins e toda a área envolvente revelam esse cuidado. A instalação de painéis solares é o próximo passo.

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Segundo apurámos, a instalação está prevista para o próximo ano, em vários locais de Serralves. A ideia surgiu, o arquitecto Siza Vieira – autor do projecto do museu – já foi consultado sobre a questão (concretamente, acerca dos locais exactos onde instalar os painéis) e brevemente o projecto avançará.

A implementação do processo de compostagem, no sentido de poder ser ali criado o próprio adubo a utilizar nos jardins, é outra das propostas em estudo.

Até porque a génese da Fundação de Serralves é clara: “tem como missão sensibilizar o público para a arte contemporânea e o ambiente, através do Museu de Arte Contemporânea como centro pluridisciplinar, do parque como património natural vocacionado para a educação e animação ambientais”.

Odete Patrício, directora-geral da instituição, relembra essas preocupações, garantindo que Serralves tudo tem feito para que o ambiente seja, na prática, uma das principais prioridades. E aponta o caso do programa “Serralves sustentável”, que visa “a promoção de comportamentos ambientalmente responsáveis de instituições e empresas, fazendo recurso de acções, iniciativas e técnicas de sensibilização e informação”.

in Jornal de Notícias

Arte urbana num grito pelo ambiente em Estarreja

Obra de Bordalo II na ObservaRia 2015, feira dedicada ao turismo de natureza e à observação de aves.

Conhecido por usar lixo na produção das suas obras de arte urbana, Bordalo II, ou Artur Silva, pegou em para-choques ou caixotes do lixo estragados para dar forma ao guarda-rios. Uma das espécies comum no Rio Antuã e que serviu de inspiração para a obra que Bordallo II está a desenvolver numa das paredes do Multiusos no Parque Municipal do Antuã, em Estarreja.

Esta iniciativa inclui-se no programa da feira ObservaRia 2015 de Estarreja, que decorre nos próximos dias 11 e 12 de abril. A obra irá incluir a coleção ‘Big Trash Animals’ que, como explicou o artista em comunicado, destaca o “fato dos animais serem a representação da natureza e uma vítima da ação do homem”. Nas suas obras o lixo é arte e um dedo apontado ao consumismo.

Se decidir conhecer esta feira dedicada ao turismo de natureza e à observação de aves, aproveite para participar nas atividades ao ar livre (passeios pedestres, barco moliceiro, kayak ou voo cativo em balão de ar quente), workshops e ateliês, inspirados na beleza natural da zona ribeirinha e dos percursos BioRia.

in Notícias ao Minuto

Transportes urbanos na tutela do Ministério do Ambiente

A lei orgânica do Governo aprovada em Conselho de Ministros prevê que os transportes urbanos de Lisboa e Porto, alvo de concessão a privados por parte do anterior executivo, fiquem na tutela do Ministério do Ambiente.

Este dossiê dos transportes urbanos é considerado um dos que merecerá decisão mais urgente, já que o PS apresentou uma resolução na semana passada para reverter o processo de concessão a privados do Metropolitano de Lisboa, da Carris, da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) e Metro do Porto, mantendo estas empresas na esfera pública.

Na conferência de imprensa, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, referiu que “os transportes urbanos estavam sob tutela do Ministério da Economia na estrutura orgânica do Governo anterior, mas não era normal que assim se passasse”.

“Antes, por exemplo, os transportes urbanos estiveram sob tutela do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações”, acrescentou.

O Ministério do Ambiente, de acordo com a lei orgânica do XXI Governo Constitucional, “integra todas as políticas urbanas, incluindo os transportes urbanos e a habitação”.

Interrogada sobre o caso da ferrovia, a ministra da Presidência referiu que será uma área da competência do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

In Jornal de Notícias

Os sapatos também podem ser vegan

Marca portuguesa No Animal Exploitation (NAE) abre primeira loja em nome próprio em Lisboa.

Os sapatos que Alejandro Pérez calça parecem de pele, mas não são. O empresário tem o veganismo como filosofia de vida — que partilha com a mulher, Paula, e com as duas filhas — e não andaria com calçado feito à base de pele ou de qualquer outro material que atentasse contra a vida de animais. Muito à conta da marca de calçado vegan que lançou, em 2008, com a mulher, a NAE (No Animals Exploitation) e que, depois de se ter implantado nos mercados externos, inaugurou dia 19 de dezembro o primeiro espaço em nome próprio em Portugal, na Lx Factory, em Lisboa.

Fabricados em quatro fábricas portuguesas, os sapatos NAE utilizam materiais alternativos ao couro e com impacto reduzido no ambiente, como as microfibras, a borracha natural, o pneu reciclado ou a cortiça. A coleção seguinte, de inverno, apresentará o Piñatex, material têxtil inovador produzido a partir das fibras das folhas de ananás.

“Trabalhamos com o Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, em São João da Madeira, para testarmos estes materiais no nosso calçado. Temos de garantir que, além de vegan e ecológicos, têm as características necessárias de durabilidade, impermeabilidade e conforto”, explica Alejandro Pérez. Encontrar, no início da NAE, fábricas nacionais dispostas a inovar e a fazer diferente foi “complicado. Achavam que nós éramos os ‘maluquinhos’ do plástico”, conta.

in Expresso

Amorim inspira-se nas tendências do ecodesign para novos pavimentos de cortiça

A Corticeira Amorim acaba de apresentar dois novos pavimentos de cortiça, Reclaimed e Authentica, inspirados nas tendências de ecodesign e que privilegiam o recurso a materiais ecológicos e reutilizáveis.

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A gama Reclaimed é inteiramente concebida a partir de visuais de madeiras e pedras previamente usadas e integra a colecção Artcomfort, da Wicanders. Composta por quatro visuais de madeira e três de pedra, a gama distingue-se pela possibilidade de replicar, num pavimento de cortiça, um visual de pedra ou de madeira.

Esta possibilidade deve-se à tecnologia de impressão Realistic Surface, desenvolvida a pensar nos consumidores que conhecem e valorizam os benefícios de um piso de cortiça, mas que preferem a estética de materiais como a madeira ou a pedra.

“Estas novas colecções  continuam a alavancar a cortiça como material de excelência para o design de interiores e em particular para o segmento dos pavimentos”, explicou em comunicado Carlos de Jesus, director de marketing e comunicação da Corticeira Amorim.

in Green Savers

Paulo Nunes de Almeida: Investimento das empresas em I&D aumenta para cerca de 50%

O peso da despesa do sector empresarial no I&D total subiu de pouco mais de um quinto (21,2%) em 1995 para cerca de metade (45,7%) em 2014 refere Paulo Nunes de Almeida, presidente da AE Portugal.

Paulo Nunes de Almeida: Investimento das empresas em I&D aumenta para cerca de 50%

Licenciado em Economia pela Universidade do Porto, Paulo Nunes de Almeida iniciou a sua vida profissional no Banco Português do Atlântico (1982-1984), tendo depois desenvolvido a sua actividade empresarial, especialmente no sector têxtil, tendo sido até 2014 administrador da TRL – Têxteis em Rede., que foi afectada pela crise económica.

O actual presidente da Associação Empresarial de Portugal tem uma grande ligação com o associativismo empresarial tendo sido vice-presidente da ANJE (1986-1996) e presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP).

A inovação já faz parte das empresas portuguesas? Há indicadores sobre esta tendência?
A aposta na inovação é crucial em termos de competitividade e o nosso país tem vindo a registar um progresso assinalável, convergindo com o padrão europeu em matéria de indicadores de I&D. A despesa total em I&D, medida em percentagem do PIB, subiu de 0,5% em 1995 para 1,3% em 2014, embora se encontre ainda aquém da meta estabelecida para 2020 (2,7%).

Mas esta progressão foi marcada por um enorme esforço de investimento por parte das empresas. O peso da despesa de I&D do sector empresarial na I&D total subiu de pouco mais de um quinto (21,2%) em 1995 para cerca de metade (45,7%) em 2014, o que demonstra de forma evidente que a inovação tem feito cada vez mais parte das empresas portuguesas.

In Jornal de Negócios