Partido da Terra acusa outros de aproveitamento ambientalista

José Inácio Faria afirma que o seu partido “desde sempre teve o pilar da ecologia e humanismo muito vincados na atividade política local, nacional e internacional” enquanto outros partidos apenas começaram a abordar este tema agora por aproveitarem a onda ambientalista

© André Kosters / LUSA

O presidente do Partido da Terra (MPT) afirma-se como o único interlocutor para as questões climáticas em Portugal e acusa os outros partidos que abordam este tema recentemente de “eco-oportunistas” por estarem a pensar nos votos.

Desde há 26 anos o partido assegura-se como “o pilar da ecologia e humanismo muito vincados na atividade política local, nacional e internacional”. A recuperar de uma crise interna que recentemente terminou quando o Tribunal Constitucional reconheceu José Inácio Faria como presidente da Comissão Nacional, o Partido da Terra concorreu às eleições legislativas de 6 de outubro.

“Onde estavam os partidos com assento parlamentar – que têm uma disposição que os outros partidos não têm, porque têm os apoios que os outros partidos não têm – nas grandes ações de alterações climáticas pelo mundo inteiro e em Portugal também: Almaraz, Retortillo [extração de urânio], Peneda-Gerês, a exploração de lítio que se pretende fazer, a exploração de petróleo ‘offshore’. Falam agora, a dois anos das eleições, sobre as questões das alterações climáticas”, questiona o cabeça de cartaz do MPT.

Por isso, considera que “o ambiente não é só as alterações climáticas”, embora o chavão do clima se tenha tornado “moda”.

O partido foi criado em 1933 pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, agora presidente honorário do MPT.

Adaptação da notícia de Lusa no Diário de Notícias a 16 de Setembro de 2019