Moda portuguesa promove sustentabilidade

Calvelex, Paulo de Oliveira, Polopique, Riopele e Twintex foram a França dar a conhecer a excelência da indústria têxtil portuguesa e o seu incentivo para se tornar mais sustentável

ZONA INDUSTRIAL foi o nome do evento que levou as fábricas portuguesas à Semana da Moda em Paris. O evento, na Galerie Nikki Diana Marquardt, no bairro de Marias, incluiu uma instalação, sob a direção artística do curador Miguel Flor, que convida à imersão digital num ambiente industrial. Fotografia: DR

Mentalizadas da sua posição como a segunda indústria mais poluente do mundo, as empresas do ramo do têxtil e do vestuário alteram a sua forma de produzir para reduzirem a sua pegada ambiental. Para dar a conhecer como Portugal está a investir em temas como a tecnologia e a sustentabilidade no mundo da moda, cinco grandes empresas portuguesas de tecidos e de confeção estiveram presentes na Semana da Moda de Paris, numa iniciativa promovida pelo CENIT – Centro de Inteligência Têxtil em parceria com a ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário, Confeção e Moda.

Polopique investe no algodão orgânico
Com um investimento inicial de dois milhões de euros, mas que chegará aos seis milhões em dois anos, segundo o CEO Luís Guimarães, o objetivo da empresa de Caldas de Vizelas, é que até 2021 todo o algodão usado na sua produção seja 100% orgânico.

Ainda ao nível das matérias-primas sustentáveis, a empresa pretende apostar na instalação de uma fiação de linho, a única na Europa, trazendo esta tecnologia já esquecida para Portugal. O investimento está calculado em 10 milhões de euros e permitirá criar mais 150 postos de trabalho, em 2020.

Twintex investe na área da automação
Após ter aplicado quatro milhões de euros em instalações de painés fotovoltaicos, o que a levou a reduzir em 60% as emissões de gases poluente da sua fábrica, a Twintex prente agora investir mais 1,5 milhões de euros na aquisição de novos equipamentos, sobretudo na área da automação.

Riopele e a sua preocupação ambiental
Para esta empresa as preocupações com a sustentabilidade não são novidade. Começou com a poupança na água, que vai sendo reutilizada sucessivamente em várias operações e chegou à energia, com a instalação de uma central fotovoltaica com 1 MW, um investimento de 800 mil euros, que vai permitir reduzir a emissão de 689 toneladas de CO2 ao ano. Outra das suas grandes apostas é a unidade de fiação, em Vila Nova de Famalicão, que produz fio de poliéster a partir de plástico recolhido nos oceanos e viscose a partir da madeira.

Paulo de Oliveira: 35% da energia é solar
Considerado como o maior fabricante de tecidos de lã da Península Ibérica, Paulo Oliveira vem investindo em painés fotovoltaicos, que lhe asseguram 35% da energia elétrica consumida pela fábrica. Ainda este ano lançou uma nova linha sustentável, a Oliveira Green, que é produzida através de materiais reciclados.

Calvelex investe na digitalização de peças
A Calvelex pretende reduzir o número de amostras e reduzir o desperdício, segundo César Araújo, administrador da empresa. Neste sentido, a empresa pretende investir na digitalização das peças, desenvolvendo um avatar que permita visualizar os vários modelos, com os respetivos tecidos, em vários tamanhos, e tudo isto em modo virtual e em 3D.

Adaptação da notícia de Ilídia Pinto no Dinheiro Vivo a 12 de Outubro de 2019

Confagri defende os interesses do setor agrícola

Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal saiu em defesa da manutenção do Ministério da Agricultura e da Comissão da Agricultura na Assembleia da República

O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos© Paulo Novais/Lusa

“Superado o período eleitoral, a Confagri, em defesa dos interesses do setor agrícola, pretende deixar claro que considera essencial a manutenção do Ministério da Agricultura, das Florestas e do Desenvolvimento Rural, bem como da Comissão da Agricultura na Assembleia da República”, conforme afirma a Confagri em comunicado. A confederação diz ainda que “o debate sobre a agricultura portuguesa, a floresta e o desenvolvimento socioeconómico das áreas rurais, deverá assumir grande relevo na próxima legislatura”.

Em relação à disponibilidade de diálogo com o novo Governo, a Confagri manifesta “total disponibilidade […] bem como com as forças partidárias que integram o novo parlamento, na procura das soluções que garantam uma atividade agrícola e agroalimentar sustentável” em Portugal.

A confederação alerta também para questões como a mitigação dos efeitos das alterações climáticas, o futuro da alimentação, a soberania alimentar, o ordenamento dos espaços florestais ou a distribuição dos incentivos à atividade agroalimentar pós 2020, considerando que “conduzirão a acesos debates na sociedade portuguesa”.

O PS venceu as legislativas sem maioria absoluta, seguindo-se PSD, BE, CDU (PCP/PEV), CDS-PP e PAN, com Chega, Iniciativa Liberal e Livre a eleger, cada um, pela primeira vez, um deputado nestas eleições.

Adaptação da notíciaa de Lusa na TSF a 7 de Outubro de 2019

BE faz campanha mais económica e ambientalista 

O BE elaborou para estas legislativas uma equipa dedicada a redes sociais, apostando no digital, o que levou a menos quilómetros percorridos pelo país e um forte apelo à questão do plástico

Catarina Martins numa ação de campanha na Malveira© ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Em declarações à agência Lusa, o diretor de campanha do BE para as eleições legislativas, Jorge Costa, explicou as características da volta que o partido deu até à véspera das votações.

A caravana do BE passou por 11 distritos: Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Faro, Viana do Castelo, Viseu, Aveiro, Porto, Braga e Coimbra.

Jorge Costa afirmou que o objetivo foi conjugar “a presença de rua, o contacto direto com as pessoas” com o “testemunho da situação política, o testemunho do papel que o Bloco teve”, e a demonstração daquilo que “correu melhor e do que ficou por fazer no quadro desta legislatura”.

O deputado apontou ainda que o partido teve “um cuidado também nesta campanha, sobretudo na campanha oficial, que foi o de fazer uma organização dos trajetos que fosse o mais económico e o mais ambientalmente sustentável.”

Este ano o partido decidiu apostar numa forte campanha em regiões como Viana do Castelo e Viseu pois haveria uma forte hipótese de eleição de deputados nestes distritos, o que acabou por não se verificar.

O BE fez ainda uma forte aposta em novas vias de divulgação, como as redes sociais, para que quem não anda pelo país possa ter “a possibilidade de acompanhar a dinâmica da campanha como se andasse”.”O Bloco tem uma campanha muito forte nas redes sociais, tem uma equipa própria a trabalhar sobre isso, interna, dentro do quadro do partido, que foi reforçada para efeitos da campanha eleitoral”, sublinhou o dirigente bloquista.

Não só através das redes, como através do Esquerda.net, é feita a cobertura vídeo, tal como nos vídeos da ‘sitcom’ que foram produzidos e difundidos, abordando e aflorando de uma forma humorística alguns temas que são importantes no programa.

Sobre o tema “plástico”, de acordo com Jorge Costa, foi “praticamente erradicado” da campanha do BE.

Adaptação da notícia de Lusa no Diário de Notícias a 24 de Setembro de 2019

André Silva recebe apoio popular antes das eleições legislativas

Após um dia na campanha do Pessoas-Animais-Natureza vimos um André Silva confiante e apoiado. Para além do apoio, surgiram também algumas propostas vindas de populares

Apoiantes do PAN fazem questão de abraçar o líder do partido, André Silva.© Reinaldo Rodrigues/Global Imagens

Joana Oliveira, quem vemos na foto, é uma popular que se emociona ao abraçar o cabeça de lista do PAN por Lisboa. “Tenho dois sobrinhos de sete e cinco anos, o Leonardo e o Pedro, e temo pelo futuro deles. Eu tenho 32 anos, mas eles não vão ter oportunidade de ver tanta coisa, nem de respirar, nem de viver, estamos a destruir o planeta. Os nossos oceanos estão carregados de plástico”, afirma Joana.

Após o abraço, Joana agradeceu ao líder do PAN por “estar a lutar contra os poderes instituídos, empresa e políticos, que só se interessam por eles”. “Por causa de um número de pessoas, estamos todos a sofrer as consequências”.

O abraço de Joana, foi um dos muitos que André Silva recebeu no dia em que se juntou à manifestação da greve climática – o mês passado, antes das eleições legislativas – e que o levou a percorrer as ruas da capital entre o Cais do Sodré e o Rossio, juntamente com milhares de estudantes.

 

Adaptação da notícia de Graça Henriques de Diário de Notícias a 29 de Setembro de 2019

Estado vai adquirir mais 200 automóveis elétricos

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, Matos Fernandes, anunciou que a frota automóvel do Estado “tem de se renovar” e que para este ano está prevista a aquisição de mais 200 veículos elétricos para a administração pública.

Matos Fernandes realçou ainda o financiamento por parte do Estado para a aquisição de 715 novos autocarros, parte deles para empresas públicas, e de 500 veículos para os serviços ambientais das autarquias.

Antecipando que, “até 2030, um terço dos automóveis ligeiros que circulam em Portugal serão automóveis elétricos”, o governante disse acreditar que “daqui a quatro ou cinco anos um veículo elétrico custará provavelmente menos do que custa um veículo a combustão”.

Adaptado de Diário de Notícias

Desflorestação na Amazónia aumentou 96% o mês passado

Os dados mostram que nos primeiros nove meses deste ano a área de desflorestação foi de 7.853,91 quilómetros quadrados, um aumento de 96% face ao ano passado, segundo dados do sistema Deter, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro

Canals are pictured among burnt land after a forest fire near Banjarmasin in South Kalimantan province, Indonesia, September 29, 2019. REUTERS/Willy Kurniawan REFILE – CORRECTING NAME OF THE PROVINCE – RC192FAF3D30© REUTERS

Só no mês de setembro foram desflorestados 1.447 quilómetros quadrados da Amazônia, em comparação com os meses entre janeiro e dezembro do ano passado em que o total da área geográfica que obteve alertas de desflorestação foi de 4.947,40 quilómetros quadrados, segundo dados do instituto.

De acordo com o G1, que cita o INPE, o ano de 2019 regista já o maior número de alertas de desflorestação na Amazónia que se verificou desde 2016. 

O sistema Deter, criado em 2004 e reformulado em 2015, produz alertas de abate de árvores nas regiões da Amazónia, de forma a advertir as equipas de proteção ambiental. Este sistema pode assim ser usado para apontar uma tendência geral de aumento ou redução da desflorestação.

O ex-diretor do INPE Ricardo Galvão, exonerado em agosto pelo Presidente do país, Jair Bolsonaro, foi dos primeiros a alertar em setembro para o aumento da desflorestação criminosa na Amazónia, apontando eventuais danos irreversíveis na região. Numa audiência pública no Senado, o mesmo alertou ainda para a necessidade de o Brasil impedir, primeiramente, a desflorestação na região antes de combater os incêndios. 

“O INPE já alertou o Governo há dois meses de que este ano o pico de queimadas, que geralmente é em setembro, ocorreria antes. Eles [grileiros] tomam terras, tiram madeira para fazer o que nós chamamos de corte raso. Porque uma das principais razões [da desflorestação] é a grilagem”, disse Galvão, professor e cientista, citado pela agência do Senado brasileiro. Grilagem significa no país a falsificação de documentos para ilegalmente tomar posse de terras devolutas ou de terceiros.

“Cerca de 25% a 30% da desflorestação na Amazónia tem áreas não destinadas [sem dono conhecido]. Então entram, desflorestam, vendem a madeira e vendem a terra para outros”, acrescentou o ex-diretor do INPE.

Ricardo Galvão foi expulso do seu cargo no instituto há uns meses após ter sido acusado de divulgar dados falsos e agir “de má-fé” com o objetivo de prejudicar o Governo, segundo Jair Bolsonaro.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, possuindo em si a maior biodiversidade registada numa área do planeta. Tem cerca de cinco milhões e meio de quilómetros quadrados e inclui territórios pertencentes ao Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

Adaptação da notícia de Lusa publicada na TSF a 11 de outubro de 2019

Insetos podem desaparecer do planeta dentro de 100 anos

A população total de insetos está a cair a um ritmo de 2,5% todos os anos, alerta um relatório publicado na revista especializada Biological Conservation. A manter-se esta tendência, estes animais podem desaparecer do planeta dentro de um século.

Mais de 40% das espécies de insetos estão em declínio e um terço está já em risco de extinção. O desaparecimento destes seres vivos está a ser oito vezes mais rápido do que o de mamíferos, répteis e aves.

Este problema deve-se à agricultura intensiva, com a utilização em massa de pesticidas, às alterações climáticas e à urbanização de vastas zonas do planeta.

O relatório agora publicado é o primeiro estudo global nesta área. Francisco Sánchez-Bayo, um dos autores, mostra-se chocado com os resultados. Em declarações ao The Guardian, o cientista espanhol avisa que é preciso mudar “a maneira como produzimos alimentos”. A solução pode passar pelo recurso a quintas orgânicas, com menos utilização de químicos.

Os insetos são determinantes em qualquer cadeia alimentar, não só por servirem de alimento para muito animais, mas também, por exemplo, porque mantêm os solos saudáveis, controlam pestes, polinizam a maioria das espécies de plantas e reciclam nutrientes.

Adaptado de Diário de Notícias

Câmara de Viseu aposta nos copos sustentáveis

A Câmara Municipal de Viseu promove um projeto ambiental de erradicação de plástico descartável, com o objetivo de acabar com o lixo e desperdício de plástico resultante de atividades da Câmara

A cidade de Viseu © Fábio Poço/Global Imagens

Em Viseu começa-se uma operação de erradicação da utilização de copos de plástico descartáveis, substituindo-os por um copo reutilizável e, portanto, ambientalmente mais responsável”, disse à agência Lusa o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu.

À semelhança dos vários festivais de música, cada utilizador terá a possibilidade adquirir um destes copos sob caução.

No ato da compra será entregue ao consumidor o produto que depois poderá devolver no local onde o adquiriu, recebendo os 0,50 euros que investiu inicialmente.

Adaptação da notícia de Lusa no Diário de Notícias a 1 de julho de 2019

Sapatos feitos de plástico diminuem pegada ecológica

A ideia sustenta-se na apanha de plástico nas praias do Norte do País, nomeadamente em Esposende

“O plástico é trabalhado e triturado numa fábrica em Famalicão. Depois, a borracha natural é injetada”, pormenoriza o criador. O corte é ainda finalizado com folhas de ananás e o forro é composto por algodão orgânico.

Já a pensar no verão que sucede o Primavera Sound, há também uma gama de sandálias com tecido de algodão orgânico e a sola, claro está, feita a partir do plástico que dá à costa.

Trabalhar estes materiais é uma tarefa difícil e cara, sobretudo a nível da tecnologia, que ainda torna os processos muito demorados.

Adriana Mano, responsável pelo projeto, frisa que existe “um acordo entre a Zouri e as câmaras municipais que já têm as suas limpezas regulares, em que apenas é pago o transporte até à empresa que faz a limpeza dos materiais”. “É uma troca, um protocolo em que nós nos comprometemos a ir às escolas dos concelhos sensibilizar no formato de um workshop, e que permite às crianças brincarem com o lixo recolhido e criam arte, cada um com a sua abordagem aos pedaços de plástico”, adianta a administradora, preocupada com os valores da “reutilização e redução”.

Quanto à estética, as peças preservam os valores intemporais para que sejam “algo que fica”, contra o recurso à “fast fashion” e ao seu impacto ambiental.

Zouri é a sandália típica japonesa que prima pelo minimalismo. A marca é uma celebração da mentalidade nipónica também no que toca à preocupação ambiental.

O administrador criou ainda, juntamente com Nuno Catarino, de 36 anos, a The Bam&Boo Toothbrush, especializada na produção de escovas de dentes, palhinhas para bebidas, cotonetes, fios dentários, estojos de viagem e champôs em barra de bambu.

O cliente mais frequente da The Bam&Boo Toothbrush é “do género feminino, entre os 25 e os 35 anos”, mas nunca é tarde para iniciar uma corrida contra o tempo para ganhar tempo neste planeta. Num mercado que descarta anualmente mil milhões de escovas de plástico, há agora produtos 95% biodegradáveis.

Adaptação da notícia de Catarina Maldonado Vasconcelos na TSF a 10 de junho de 2019

China encerra base no Evereste para fazer limpeza

A China fechou o campo base do lado norte do Monte Evereste, interditando-o a turistas que não tenham autorização para escalar. As autoridades pretendem fazer uma limpeza do local e lidar com a enorme quantidade de lixo que se tem acumulado.

A China montou estações para classificar, reciclar e recolher lixo da montanha, que inclui latas, sacos plásticos, equipamentos de cozinha, tendas e tanques de oxigénio. Nas operações de limpeza da primavera passada, foram recolhidas 8,4 toneladas de lixo.

A preocupação com o lixo no Evereste já tinha levado as autoridades chinesas a anunciar, em janeiro, que iam limitar o número de licenças para escalar até ao topo do Evereste a 300 por ano e que a temporada de escalada seria restringida à primavera.

A maioria dos turistas visita a montanha pelo lado sul, no Nepal, mas ao longo dos últimos anos o número de visitantes pelo lado chinês, no Tibete, tem vindo a aumentar. Segundo a Associação de Montanhismo da China, mais de 40 mil pessoas visitaram este campo em 2015.

Do lado nepalês, os organizadores de expedições de montanhistas começaram a enviar sacos de lixo com os alpinistas que, durante a temporada de escalada, recolhem o lixo, que é depois transportado por helicóptero.

Adaptado de Diário de Notícias