Aumento da temperatura no Mediterrâneo ultrapassa a média mundial

Portugal é dos países mais afectados por esta crise climática que afecta 500 milhões de pessoas

© Gonçalo Villaverde / Global Imagens

Segundo declarações do professor Wolfgang Cramer, director científico do Instituto Mediterrâneo de Biodiversidade e Ecologia, a bacia do Mediterrâneo é um dos pontos críticos da crise climática e alguns dos seus efeitos “atingem” esta região “com mais força do que em outras partes do mundo”.

O aumento da temperatura na região do Mediterrâneo já atingiu 1,5 graus em comparação com os níveis pré-industriais e estima-se que no futuro a situação continuará a piorar.

Em 2040, esse aumento chegará a 2,2 graus e possivelmente excederá 3,8 em algumas regiões da bacia em 2100. Além disso, em apenas duas décadas, milhões de pessoas sofrerão com a falta de água na região.

Portugal está também na linha da frente: no Norte do país, no Centro e parte do Sul Interior, a temperatura subirá 2 a 3 graus e, na faixa costeira do Oeste e Sul, o aumento será entre 1,5 e 2 graus.

Estes dados constam do relatório apresentado na passada quinta-feira, dia 10 de outubro, na reunião da União para o Mediterrâneo,da qual Cramer e outros 80 cientistas fizeram parte.

O relatório adverte ainda que haverá mais ondas de calor “mais significativas e duradouras” e “secas extremas serão mais frequentes”

Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 10 de outubro de 2019