O Infinitebook quer ser um caderno para a vida inteira

Pedro Lopes criou o Infinitebook em 2015, onde se pode escrever e apagar vezes sem conta

© Gerardo Santos/ Global Imagens

Pode deslocar o Infinitebook  para todo o lado, e dar lhe a sensação que está a escrever num quadro de parede, mas de forma prática, e ecológica.

“O Infinitebook tem o formato de um caderno e 15 folhas maleáveis” afirmou o criador.

A empresa a pensar nos clientes criou uma aplicação onde é possível guardar, fotografar e enquadrar todos os apontamentos.

A ecologia é um dos pilares do negócio, afirma o fundador, que aconselha as outras empresas a serem mais sustentáveis, por exemplo, evitando impressões desnecessárias.

Adaptação da notícia de Sara Beatriz Monteiro e Inês André de Figueiredo na TSF a 21 de fevereiro de 2020



Época de fogos começa mais cedo que nos anos 80

A época de incêndios florestais começava, em média, a 21 de julho na década de 1980 porém de década para década tem começado cada vez mais cedo

© Fernando Fontes/Global Imagens

Na última década a época de incêndios florestais começou a 7 de junho.

Através de um estudo feito pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, derivado ao projeto FIRESTORM, em parceria com centros de investigação de várias faculdades especialistas em incêndios florestais e meteorologia procuram saber, em que data é que nas últimas quatro décadas se atingiu a fasquia dos 10% da área ardida total desse ano.

Adaptação da notícia de Nuno Guedes na TSF a 20 de fevereiro de 2020


Carnaval chega com bom tempo

O Instituto do Mar e da Atmosfera prevê temperaturas que podem chegar até aos 26 graus no carnaval

Temperaturas só vão descer na terça-feira
©  Fernando Fontes / Global Imagens

Este que garante ser o fim de semana prolongado pelo carnaval vai chegar e o bom tempo vai ficar. O carnaval vai ser marcado pelo bom tempo e as temperaturas podem chegar em algumas regiões do país aos 26 graus Celsius, embora terça-feira as máximas comecem a diminuir e poderá haver uma baixa ocorrência de precipitação.

Segundo o IPMA prevê para os próximos dias céu limpo e vento moderado a fraco, sendo mais intenso nas terras altas.

Adaptação da notícia de Lusa na TSF a 21 de fevereiro de 2020


Poluição na Azambuja

Dezenas de contentores com lixo vindo de países estrangeiros são deixados diariamente à porta das casas da população residente na Azambuja

Moradores defendem que se trata de um caso de saúde pública© DR

As pessoas, bastante descontentes com esta situação manifestaram o seu desagrado junto à Câmara Municipal da Azambuja .

Em declarações à TSF, Margarida Dotti, uma das promotoras do protesto contra o aterro de lixo, explica que são despejados entre 40 a 50 camiões de lixo vindo do estrangeiro todos os dias, sem qualquer controlo. 

Os residentes afirmam que são barcos vindos da Itália, Reino Unido e da Holanda com dezenas de contentores.

Adaptação da notícia de Rita Carvalho Pereira na TSF a 3 de fevereiro de 2020


Universidade de Coimbra lidera a luta contra o carbono

A instituição de ensino superior está a implementar medidas no sentido de diminuir a sua pegada ecológica e tornar-se a primeira universidade portuguesa neutra em carbono até 2030

© Maria João Gala / Global Imagens

Todos os novos estudantes que este ano se matricularam na Universidade de Coimbra receberam um kit de boas vindas diferente do habitual: todo o plástico foi substituído por materiais recicláveis. 

A mudança já começou há alguns meses, com a promoção de uma construção mais sustentável. “Todos os novos edifícios que estamos a construir são classe A, ou seja, ambientalmente eficientes”, explica o representante da instituição. Além disso, já está a ser preparada a instalação de painéis fotovoltaicos e, “progressivamente”, toda a iluminação antiga está a ser substituída por leds.

A partir de janeiro de 2020, já não será servida carne de vaca nas refeições das 14 unidades alimentares da instituição,que será substituída “por outros nutrientes que irão ser estudados, mas que será também uma forma de diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal”.

Ao nível das residências de estudantes, explica Amílcar Falcão que têm “uma política própria nas nossas residências ao nível da promoção da reciclagem (com a colocação de ecopontos) e da sensibilização para os desperdícios alimentares”.

Todos os estudantes estão também convidados a aderir ao programa “UC Plantas”, através do qual podem “cuidar de uma árvore durante um tempo, num vaso, enquanto tiver uma dimensão compatível com o ambiente doméstico” e depois reflorestá-la em espaços verdes da região.

Amílcar Falcão explica: “Temos de fazer tudo o que está ao nosso alcance para que as futuras gerações não venham a sofrer pelos comportamentos negativos que as gerações que as antecederam tiveram. Portanto, como universidade, entendemos que temos de dar o exemplo aos nossos estudantes, que são jovens atentos a esta realidade, e enviar sinais à comunidade em geral”, disse, em entrevista ao Diário de Notícias.

O representante da instituição revela ainda que estão a ser estudadas “alternativas ao acesso aos pólos da universidade”, para reduzir a poluição automóvel circundante.

Adaptadação da notícia de Catarina Reis publicada no Diário de Notícias a 17 de setembro de 2019

Microplásticos afetam pinguins na Antártida

Um estudo da Universidade de Coimbra revela que a poluição por microplásticos começa a afetar, pela primeira vez, os animais da Antártida

© EPA/JOEL CARRETT

Uma equipa de investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC) confirmou que este tipo de poluição “já entrou na cadeia alimentar marinha”.

“Ao analisarem a dieta de pinguins gentoo Pygocelis papua em duas regiões da Antártida, os investigadores observaram que 20% das 80 amostras de fezes das aves continham microplásticos”, afirma a FCTUC numa nota enviada à Lusa.

As partículas de plástico, com comprimento inferior a cinco milímetros, têm “diversas tipologias, formas e cores, o que indica uma grande variedade de possíveis fontes destes microplásticos”.

“A poluição marinha por plásticos é reconhecidamente uma ameaça aos oceanos em todo o mundo, mas só recentemente tem havido um aumento do esforço científico sobre microplásticos”, sublinha a FCTUC.

“Em zonas mais remotas do planeta, como a Antártida, esperava-se que a presença de microplásticos fosse muito reduzida, embora estudos recentes já tenham encontrado microplásticos em sedimentos e nas águas do Oceano Antártico”, destaca a Faculdade.

José Xavier, autor sénior do artigo, afirma que “esta descoberta é de muita importância para desenvolver novas medidas para reduzir a poluição na Antártida, particularmente relacionada com plásticos, podendo servir de exemplo para outras regiões do mundo”.

Adaptação da notícia de Lusa publicada no Diário de Notícias a 2 de outubro de 2019

Ecoansiedade infantil preocupa psicólogos

Vários especialistas internacionais referem um aumento dos problemas psicológicos relacionados com as alterações climáticas nos últimos anos

Crédito fotográfico DN

À medida que aumentam as manchetes sobre as mudanças climáticas, crescem os casos da chamada ecoansiedade entre jovens. Um fenómeno que alertou os psicólogos britânicos e é reforçado ao Diário de Notícias pelos especialistas do nosso país, onde também já foram identificados casos idênticos.

Caroline Hickman, professora na Universidade de Bath (Reino Unido) e membro da Climate Psychology Alliance (CPA) reforça:  “Não há dúvida de que elas [as crianças] estão a ser afetadas emocionalmente. Este medo real das crianças precisa de ser levado a sério pelos adultos.”

Já em 2017, a Associação Americana de Psicologia publicou um relatório sobre os impactos da crise climática na saúde mental, no qual falava da ecoansiedade, que é vista como o medo exagerado de um desastre ambiental, no qual se incluem fenómenos como a perda de biodiversidade, os eventos climáticos extremos ou a desflorestação da Amazónia.

Inês Afonso Marques, coordenadora da área infantojuvenil da Oficina de Psicologia refere que adolescentes “sentem que não estão a fazer tudo o que está ao seu alcance, quer do ponto de vista individual quer na lógica de sensibilização dos outros, para travar os efeitos das alterações climáticas e proteger o planeta”.

Segundo a psicóloga esta é uma preocupação real e presente, acrescentado que os jovens podem ter ataques de ansiedade, problemas de sono, sentimentos de impotência, medo ou pânico.

Da influência dos pais à da televisão

Inês Afonso Marques explica ainda que nos mais novos existe uma grande “influência do discurso dos pais, do tipo de linguagem usada e da maneira como vivem este temas”, mas à medida que crescem “há uma maior consciência, um maior alerta para o que veem na comunicação social e o que é falado entre os pares”.

É importante que as novas gerações estejam sensibilizadas para esta temática, considera a psicóloga Ana Gomes, “mas a forma como é abordada – numa dimensão de catástrofe – desencadeia este descontrolo”. “Se os pais transmitirem essa mensagem, desenvolvem-se estas ecoansiedades e outras”.

Adaptação da notícia de Joana Capucho publicada no Diário de Notícias a 2 de outubro de 2019

Máquina recolhe plástico no oceano pela primeira vez

A criação promovida pela fundação Ocean Cleanup procede à recolha de pedaços de lixo visíveis e microplásticos

Foto DR

A criação projetada por um adolescente holandês, em 2012, e desenvolvida pela fundação Ocean Cleanup parece estar finalmente a funcionar. Recolheu pela primeira vez plástico do Grande Depósito de Lixo do Pacífico, que flutua entre a Califórnia e o Havai. Segundo o seu inventor, Boyan Slat, foram recolhidos detritos de vários tamanhos, inclusive microplásticos.

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Foto DR

O sistema consiste numa barreira flutuante de 600 metros de comprimento, que utiliza a força das correntes para capturar os resíduos. Tem a forma de U e uma espécie de rede que apanha plástico até aos três metros de profundidade.

Segundo o The Guardian, 600 a 800 mil toneladas de redes de pesca e  8 milhões de toneladas de resíduos plásticos são deixados no mar anualmente, sendo que é entre o Havai e a Califórnia que se situa aquela que é considerada a maior acumulação de plásticos do mundo.

“A missão para tirar o plástico dos oceanos, que se acumula há décadas, está ao nosso alcance”, afirmou Boyan Slat, destacando que a equipa teve de superar “enormes desafios técnicos” para chegar a este ponto.

Apesar do sucesso desta operação, Slat, agora com 25 anos, reconhece que ainda há um longo caminho pela frente. Um dos próximos passos é criar o System 002/B, que irá permitir suportar e manter o plástico durante longos períodos de tempo na água.

Segundo o The Guardian, o plástico que entretanto for recolhido será levado para a costa, em Dezembro, para ser reciclado.

De acordo com um estudo feito pela equipa de Slat, citado pela National Geographic, as redes de pesca “representam 46% do lixo [do Grande Depósito], sendo a restante maioria composta por outros equipamentos da indústria de pesca, incluindo cordas, tubos para criação de ostras, armadilhas para enguias, caixas de pesca e cestos”.

Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 3 de outubro de 2019

Aumento da temperatura no Mediterrâneo ultrapassa a média mundial

Portugal é dos países mais afectados por esta crise climática que afecta 500 milhões de pessoas

© Gonçalo Villaverde / Global Imagens

Segundo declarações do professor Wolfgang Cramer, director científico do Instituto Mediterrâneo de Biodiversidade e Ecologia, a bacia do Mediterrâneo é um dos pontos críticos da crise climática e alguns dos seus efeitos “atingem” esta região “com mais força do que em outras partes do mundo”.

O aumento da temperatura na região do Mediterrâneo já atingiu 1,5 graus em comparação com os níveis pré-industriais e estima-se que no futuro a situação continuará a piorar.

Em 2040, esse aumento chegará a 2,2 graus e possivelmente excederá 3,8 em algumas regiões da bacia em 2100. Além disso, em apenas duas décadas, milhões de pessoas sofrerão com a falta de água na região.

Portugal está também na linha da frente: no Norte do país, no Centro e parte do Sul Interior, a temperatura subirá 2 a 3 graus e, na faixa costeira do Oeste e Sul, o aumento será entre 1,5 e 2 graus.

Estes dados constam do relatório apresentado na passada quinta-feira, dia 10 de outubro, na reunião da União para o Mediterrâneo,da qual Cramer e outros 80 cientistas fizeram parte.

O relatório adverte ainda que haverá mais ondas de calor “mais significativas e duradouras” e “secas extremas serão mais frequentes”

Adaptação da notícia publicada no Diário de Notícias a 10 de outubro de 2019

Especialista em rios defende que zonas áridas portuguesas têm solução

A especialista indiana Minni Jain, que participou na recuperação de sete rios no Rajastão, defendeu, em entrevista à Lusa, que as regiões secas de Portugal ainda têm salvação, dependendo das boas práticas de quem gere os recursos hídricos nacionais.

A especialista, enquanto responsável da Flow Partnership, interveio na recuperação de sete rios na região árida do Rajastão, na Índia, num processo que permitiu combater, também, o êxodo das pessoas.

Considerando Portugal como “um país com muitos rios”, Minni Jain frisou ser “também muito seco e árido em muitas partes”, para explicar que se os portugueses “começarem a manter a água onde desejam, lentamente os rios recuperarão os seus caudais e tornar-se-ão saudáveis e a correr novamente, mesmo nas regiões secas”.

“Os rios são a nossa vida. Se os rios desaparecerem nós também iremos desaparecer. É uma verdade simples de que devemos ter consciência e agir em conformidade”, disse a diretora da ONG dando o exemplo de “alguns países que dão aos rios os mesmos direitos dos seres humanos” e para quem “a saúde do rio tem a mesma importância da saúde humana”.

À Lusa, Minni Jain falou da sua experiência no Rajastão, cujo “trabalho de rejuvenescimento de paisagens áridas e de recuperação dos rios da região foi feito pela comunidade que, ainda hoje, faz a sua manutenção”.

in Diário de Notícias